Capítulo 22

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Depois de todos estarem recuperados, partiram em direção para o jardim.

- Estão todos preparados? – perguntou Asmodeus.

-Para???? – respondeu Lilith.

-Para o que tu achas sua maluca? – retorquiu Abbadon.

-Eu consigo sentir a onde Deus esta e com isso consigo abrir um portal até ele. – Continuou Asmodeus.

Todos se mantiveram em silencio só aceitando as palavras ditas pelo Asmodeus.

Então ele levanta uma mão a apontar para o lado oposto deles.

Tenta-se concentrar e depois de alguns estantes começa a aparecer uma falha na realidade.

Uma luz começa aparecendo criando uma rachadura na realidade.

Passando uns estantes a rachadura se transforma em um circulo gigantesco.

Do outro lado se via um jardim, um jardim perfeito com uma cachoeira formando um lago a onde ele caía.

A volta do lago um lindo jardim cheio de relva alinhada na perfeição coberta de flores.

Ben nesse momento espreita e fica admirando aquele sítio.

-Aquele é o famoso jardim do Eden. – disse Asmodeus percebendo a duvida de Ben.

-Mesmo como Lucifer nunca viste nem ouviste falar de algo assim. Poucos o conhecem, foi a onde tudo começou e só os mais próximos de Deus o conhecem. – Continuou Satanas.

-Mesmo as cavaleiras do apocalipse mal ouviram a falar nele quanto mais o ver- continuou Abbadon.

-Fala por elas, eu e a minha amada fúria conhecemos aquilo melhor que ninguém.

-Podera tiveram la presos por milénios- disse Lilith gargalhando.

-Sim, pois. – respondeu Conflito amuado por ela ter o relembrado daquele acontecimento inoportuno.

Nesse momento todos ficaram sérios, notava-se a confiança na cara de toda a equipa.

Satanas, Morte, Peste, Guerra, Fome, Rafael, Miguel, Gabriel, Abaddon, Asmodeus, Lilith, Metraton, Conflito, Furia e por fim Lucifer.

Todos eles estão prontos, todos eles juraram derrotar Deus, ou morrerem tentando.

Então todos eles entram pelo portal e se deparem com aquela granditude toda, que aquele, jardim era.

O Jardim do Eden, o Jardim mais famoso de sempre, o mais famoso de todos os tempos.

Ficaram por uns estantes admirando aquele lugar, um lugar completamente novo pra uns, mas tão comum para outros.

Depois de uma meia dúzia de passos se deparam com uma criatura completamente horrenda.

Uma criatura gigantesca, maior que o Asmodeus que por sua vez já era um gigante em comparação com os outros.

Essa criatura era não só gigantesca, mas enorme também em diâmetro.

De uma cor castanho escuro coberta por bocas com pouco espaço entre elas.

Naquele momento essa criatura estava de costas para eles, ela aparentava estar comendo um enorme banquete.

Parecia que não comia a milénios com tanta euforia que ele estava a comer tanta comida, não parada nem por um segundo de colocar comida na boca, na boca principal.

Uma boca quer se notava ser maior do que todas as outras bocas espalhadas pelo corpo, essas outras bocas mais pareciam enfeites do que bocas reais, mas a principal, parecia realmente um buraco negro, notava-se que tinha dentes afiados parecendo uma boca de tubarão.

Nesse momento, ele para de comer e começa cheirando, como se tivesse sentindo um cheiro mais delicioso do que aquele banquete que ele devorava.

Ele apontou o nariz para o alto e começou cheirando por uns segundos, até que sorri e da uma volta de 160 graus olhando fixamente para todos eles, quando mais olha, mais sorri, os lábios crescem parecendo um psicopata, começa salivando como se tivesse visto a comida mais deliciosa do mundo.

Os olhos esbugalhados verdes, mas de uma tonalidade de verde esgoto com um risco no meio parecendo meio que os olhos de um gato.

-Jantar – exclama a criatura.

Nesse momento todos se puseram em posição de ataque.

Mas uma silhueta aparece voando.

Uma luz branca se emana desse ser.

Começa-se a ver uma vestimenta branca, do branco mais cristalino que se podia ter visto.

E aí apareceu Deus no seu maior esplendor.

-Vi que já conheceram um dos meus filhos.

-Filho????

-Claro, um dos meus filhos.

-Mais uma das suas criações?

-Não, os meus verdadeiros filhos, vos apresento a Gula.

-Gula? Espera la.

Mas antes que a conversa pudesse continuar mais seis criaturas aparece.

Mais seis criaturas grotescas e horrendas como a primeira.

-Vos apresento os outros seis, Avareza, Ira, Inveja, Preguiça, Orgulho e por fim Luxuria, os meus reais filhos, cada um deles saiu de dentro de mim, eu dei a luz cada um dos sete gémeos.

-Mas como... - antes de Satanás pudesse continuar a falar Deus interrompeu-a.

-Como eu iria contar a alguém isso? Já pensaste na minha reputação? Como é que iriam reagir.

--E quem...

-Sou Eu o pai também, cada um deles represanta uma parte da minha personalidade. Cada uma delas se tornou tão forte que ganharam vida, logico que a minha personalidade não diminuiu, e Satanas e Metraton são a prova disso. Mas os trouxe para aqui para eles viverem.

-Mas como eu nunca os vi? – perguntou Lilith.

-Se calhar porque nunca prestas atenção em mais ninguém alem de ti – respondeu Abaddon com tom de indiferente.

- Na verdade este jardim é maior que vocês todos pensam, e sei que vocês os dois nunca percorreram nem esta metade do jardim por estes milénios todos. E eles viviam na outra metade do jardim e nem eles nem vocês tiveram nem la perto da divisão do jardim. Por isso nem terem desconfiado que havia mais alguma coisa viva aqui alem das plantas, das flores, das arvores.

-Mas como...

-Não te esqueças que fui eu que criei este jardim, então eles vos impediam de chegar la, afinal o outro lado é bem diferente deste lado. Do outro lado é bem parecido com o inferno que eu plantei na imaginação do meu gado, digo dos humanos. 

Cheio de orgias, comida, riqueza e tudo o que os sete pecados capitais precisam para poderem saciar as suas mais profundas vontades e desejos.

 Eles são as minhas derradeiras criações, as criaturas mais fortes do universo. As verdadeiras criaturas descendentes de Deus e então, aqui e agora será o vosso final.

Últimas palavras?

O Coração InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora