Satisfeita e pronta para voltar ao meu dormitório, me levantei da cama, buscando as roupas pelo chão do quarto de Playboy. Não havia muita mobília, mas o pouco que tinha era de alta qualidade e parecia muito caro. Tudo estava em ordem, pelo que pude reparar, enquanto ele removia minhas roupas.
Para falar a verdade, eu só estava reparando em tudo naquele momento, porque o cara sabia como distrair uma mulher e fazê-la esquecer de qualquer outro homem arrogante e com uma tatuagem de aranha no pescoço.
Merda de imaginação! Victor não saiu da minha cabeça, o que me deixou frustrada depois de uma noite para lá de excitante.
— Já vai? — Playboy continuou na cama, nu, um braço apoiando seu tronco muito musculoso e tatuado. — Você pode ficar o quanto quiser, seu quarto não está muito longe.
— Eu costumo ler antes de efetivamente dormir e todo o meu material está no meu dormitório. — Terminei de me vestir. — A noite foi boa. — Virei em sua direção, me inclinei e lhe dei um selinho, que retribuiu com um sorriso arrogante nos lábios.
— A noite foi boa? — Simulou estar ofendido, e entortei minha boca em reação a sua tentativa de arrancar elogios de mim, para inflar o ego. — A noite foi fenomenal, principalmente a parte em que te fiz gozar duas vezes.
— Não se gabe e não se ofenda, mas não foi a primeira vez. — Pisquei um olho para ele e lhe dei as costas. Sabia que Playboy estava sorrindo abertamente e comprovei quando ele disse, assim que abri a porta:
— Você é difícil. Eu gosto.
Não respondi e segui para o outro cômodo. Não queria dar falsas esperanças, mesmo que o combinado, indiretamente, tivesse sido apenas prazer. Minha atitude não era proposital, eu apenas era assim, complexa o suficiente para não me apaixonar e não deixar os outros se aproximarem.
Entrei no quarto em que estava hospedada e fui direto para o banheiro tomar um banho, remover o cheiro de sexo do meu corpo e, então, iniciar minha leitura noturna. Ela estava mais para matutina, já que o céu começou a clarear assim que terminei de vestir a camisola de seda.
Antes de me deitar, peguei o notebook, liguei e fui direto para os artigos jurídicos armazenados no disco rígido. Estava sentada na cama, com as costas apoiadas na cabeceira e o eletrônico no colo, não conectado na tomada. Assim que li o primeiro parágrafo, decidi mudar de leitura, porque nada em minha cabeça iria contribuir para assimilar essas doutrinas.
Troquei de aparelho e fui para o meu celular, que estava na cômoda de cabeceira ao lado. Abri o aplicativo da Amazon e suspirei ao ver que o último e-book que estava lendo era "O lado bom de ser traída", da autora Sue Hecker. Estava quase na metade da leitura e as vidas de Bárbara e Marco me embalaram pelas primeiras horas do dia, até que o cansaço e o sono me venceram.
Acordei depois do almoço, com a energia renovada, e pronta para finalizar o que precisava fazer nessa cidade. Uma pontada de tristeza me atingiu por não ter mais nenhuma oportunidade de me encontrar ou confrontar um certo presidente do Aranhas Moto Clube, mas não era a minha prioridade quando fiz aquela viagem.
No refeitório, encontrei Johnny na cozinha, entretido no fogão, não parecendo nem um pouco de ressaca. Ele me ofereceu um pouco de seu almoço, que era macarrão à bolonhesa e pão italiano caseiro.
— Você fez tudo isso? — perguntei incrédula e com olhos arregalados para o prato na minha frente.
— Sirva-se, querida. Você vai comer o melhor da cozinha italiana da sua vida — ele se gabou e levou nossos pratos para uma mesa. Sentei-me, e ele voltou para a cozinha, trazendo o resto da comida.
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Victor (Tríade Moto Clube Livro 2) - Degustação
ChickLitCompleto na Amazon: https://amzn.to/373OWuJ Sinopse: Victor Aranha precisava de assessoria jurídica para lidar com um problema do seu irmão. Relembrando um antigo encontro nos tribunais, ele convocou a melhor advogada criminal para o trabalho. Rache...