capítulo 03

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Denise, que estava louca para ir sair de Itaguaí e tudo o que a cidade representava, mas se via encucada com a proposta do marido de fazê-la sair da cidade sozinha, ela insistiu que ele fosse junto, não queria parecer uma viúva ou uma solteirona sem marido em uma cidade tão grande quanto o Rio.

Não posso negar que sinto falta de ser bajulada, como disse anteriormente, não gosto de Bacamarte, mas sou casada com ele, me pareço tão viúva quanto antes, o meu ego não é massageado há tanto tempo que nem sei mais o que a palavra elogio significa.

Ele pensou em tudo para se livra de mim, me disse até para eu ir com a minha tia, mas que audácia dele, não posso negar que tive a mesma ideia de ir com ela, mas saindo da boca dele me pareceu um insulto.

Depois de três meses de lenga-lenga, finalmente consegui minha viagem, mas foi  com Itaguaí inteira de acompanhante praticamente, teve minha tia, a esposa do Crispim, um sobrinho deles, um padre que Bacamarte comhecera em Lisboa, cinco ou seis pajens, quatro mucanas e de quebra o mundo inteiro. As despedidas foram incrivelmente demoradas, eu não sabia o quanto as pessoas podiam chorar e se arrastar por ai, eles estavam atrasando a minha viajem!

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