E foi assim que aconteceu, a primeira conversa, a primeira troca de olhares, o primeiro “encontro”.
Depois disso, surpreendentemente, você não se cansou de mim. Passamos a conversar todos os dias. E eu tive certeza de uma coisa: estava completamente apaixonada por você.
[...]
Depois de três semanas, dois dias, treze horas, trinta e quatro minutos e quatorze segundos, lá estávamos nós; sentadas no banco da praça, uma do lado da outra, observando o sol que já estava se pondo.
Estávamos próximas até de mais, mas não importava, só queria aproveitar aquele momento com você.
Abaixando a cabeça para seu lado esquerdo até encostar em meu ombro, você se aconchegou nele, e apoiei sutilmente a minha cabeça na sua, dando uma leve esfregadinha.
Você pegou a minha mão, entrelaçou os meus dedos nos seus, e eu podia jurar que meu coração ia sair pela minha boca naquele momento, sentia-o vibrar meu corpo todo.
Vi pela visão periférica você se ajeitar para me observar, e eu também te observei. Estávamos perigosamente perto dessa vez, sentia sua respiração se misturando a minha, seu hálito quente por causa da boca entreaberta. Naquele momento esqueci tudo, tudo ao redor, todas as consequências, todos os meus medos, tudo.
Tão conectadas naquele momento, chegando perto uma da outra, eu só conseguia encarar sua boca, e com ela encostando levemente na minha, indaguei;
— Posso?
Olhei em seus olhos, e me perdi ali por um momento, até sua voz me tirar da hipnose;
— Sim
Sua fala estava fraca, quase inaudível. Você estava tão inebriada quanto eu.
E então, com um pouco de coragem que ainda tinha, finalmente colei nossos lábios.
Não foi um beijo desesperado, mas leve, porém, intenso. Não houve língua, apenas um selinho no final.
— Eu...
Seu celular a interrompeu. Droga.
— Eu tenho que ir — disse pegando o aparelho após verificar a chamada e colocando no bolso do seu shot jeans largo.
Apenas me deu um outro selinho e saiu, até que eu te perdesse de vista.
Suspirei, não sabia se ia poder te ver novamente. Encostei minha mão novamente no banco, e percebi uma textura diferente. Olhei, era seu livro, o qual nunca soube o título. Então, como uma boa curiosa o olhei e li em um sussurro:
— “Talvez O Amor Não Seja Uma Mentira”
E passei a acreditar nisso.
FIM.
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Talvez O Amor Não Seja Uma Mentira | ⚢
RomanceOnde Meredith, uma garota simples, não acredita no amor. Em um dia, porém, ela avista uma linda e simples, assim como ela, garota na praça que costuma ir. Seria loucura ir todo dia lá apenas para te ver? - Louson, Meredith. AVISO: essa história al...