Me encontro deitada no fundo desse poço, olhando para cima e vendo a luz que está tão distante fazendo parecer uma estrela, o chão é húmido e gelado, o cheiro desagradável me faz ter dificuldades para respirar.
Parece estar anoitecendo, o pontinho de luz desaparece, e agora não enchergo nada.
O desespero cresce.
A tristeza cresce.
A solidão cresce.
E a esperança diminui.Me levanto e começo a andar em círculos, fazendo isso eu descobri, que no fundo do poço existe um poço mais fundo ainda.
Agora estou caindo, e tudo está se repetindo, está tão fundo, fundo, fundo, fundo e fundo.
O eco domina a minha cabeça e parece que não escuto mais nada.
Eu caí, e isso doeu, mas já me acostumei com a dor, a única coisa que eu não me acostumei ainda foi a vontade de arrancar o meu próprio coração.
Estou surda e cega.
Gritar por ajuda? Ninguém vai me escutar, ninguém vai me ajudar.
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Depressão e outros contos trágicos
PoesíaTextos e poemas soltos As vezes abstrato e as vezes bem direto Você sente, você já sentiu ou você vai sentir Se tiver sorte... nunca vai sentir E para deixar claro, eu não romantizo a depressão ou qualquer doença e sentimentos ruins, eu apenas es...