Capítulo 1 - Rosas Vermelhas

21 0 0
                                    

Para contar esta história, terei de voltar ao início de tudo, na madrugada do dia 22/06 de 2005. Em um quarto espaçoso, iluminado por uma suave luz dourada, se encontrava uma celeste, de asas brancas e radiantes, Dionisi deitada em uma cama de nuvens, parecendo inquieta. Seus olhos brilham observando as nuvens prateadas flutuando no paraíso. Seu rosto transborda de emoção enquanto olha para além dos limites celestiais.

Dionisi olha em volta, verificando se alguém a observa. Ela levanta-se com cuidado e caminha para se retirar dos seus aposentos no celestial, seguindo cautelosamente, olhando para além das fronteiras celestiais.
As estrelas cintilam no céu escuro,chamando por ela. Dionisi olhava cautelosamente para os corredores vazios, assegurando-se de que ninguém a visse, para fora do império, andando na ponta de seus pés ela observa atentamente cada anjo que ali descansa. Chegando a saída daquele palácio já não tão mais cautelosa como antes, correndo ligeiramente por todo aquele monte e mergulhando com coragem para debaixo de densas nuvens. Suas asas brilhantes se agitam, ansiosas para voar.

Dionise emerge das nuvens, suas asas batendo graciosamente enquanto ela se move em direção à praia, sem medo algum, mas não podia evitar o frio na barriga que todas as vezes era o mesmo. Dionisi aperta os olhos e sorri sentindo o vento em seu cabelo, batendo em seu rosto. O luar ilumina o caminho, criando um rastro cintilante ao seu redor. Ela olha para baixo e vê a extensão infinita do oceano brilhando sob a luz das estrelas.

Partindo então para mais um de seus encontros proibidos com seu amado, ela estava mais feliz que nunca, rodopiava pelo céu, gritava de alegria sentindo a liberdade gostosa de estar ali novamente, sem a supervisão de seus criadores. Livre para fazer oque quiser.

A noite estava linda, e Dona lua, maravilhosa. Dionisi abaixa as asas, se preparando para pousar no mar onde ali estava a sua espera o belo homem de olhos castanhos que para a celeste continha um charme inigualável, e apenas por vê-lo de longe Dionisi se derretia de amor, sentindo-se automaticamente muito atraída pelo belo homem que estava sentando na areia, com roupas formais e buquê de rosas vermelhas em uma das mãos. E que rapidamente se levanta ao ver sua mulher descendo das alturas e caindo gentilmente no mar a sua frente.

Dionisi caminha até ele, que prende os olhos na moça admirando a perfeição em pessoa. Com o rosto corado sentindo-se nervoso na presença da celeste ele lhe entrega as lindas rosas que colheu especialmente para ela. Dionisi sentiu-se surpreendida pelo presente.

- Grata meu amor, são maravilhosas! - disse enquanto cheirava as flores, apertando-as em seus braços sentindo o quanto aquele simples gesto foi importante para ela.

- Achei que você não vinha - ele respira aliviado - Que bom que gostou, queria te dar algo especial hoje - O homem pega gentilmente em uma das mãos da moça, para acaricia-la, logo em seguida abaixando seu rosto dando-lhe um beijo suave.

Em seguida, um leve acústico atraiu o olhar de Dionisi. Do lado da cesta de doces havia um pequeno rádio, aparentemente bem antigo.

- Eu sei que você ama essas coisas... não imagina a saudade que eu estava de você - falou enquando chamava ela para sentar junto a ele na areia.

- Estava contando os segundos para vê-lo novamente meu amor. - Disse com um sorriso sincero em seu rosto

- Como você tá?

- Bem

- Bem mesmo ou isso é só uma resposta automática?

Dionisi solta um leve sorriso pela fala do homem.

- Pode falar amor, sem segredos - ele diz tomando-a com um olhar irresistível, acariciando levemente seu cabelo castanho.

- Digo a verdade meu bem - mentiu - Estou ótima. Tenta ser o mais convincente possível, não querendo envolver seus problemas nesse momento único, ainda mais, por estar sentindo que aquilo não se repetiria por algum motivo.

OS TRÊS MUNDOSOnde histórias criam vida. Descubra agora