O Trono contra o amor

A conquista e a prisioneira

Muita neve caia fora do Castelo por todo Pais da Névoa, enquanto Boruto caminhou a passos largos pelo frio salão do trono, o ambiente era iluminado por tochas nas paredes que pareciam não erradiar calor. Alguns soldados ao redor, invejosos, encaravam Boruto com expressões rígidas. O jovem ignorou como sempre os olhares sobre ele, se aproximou do trono e fez uma rápida reverência. Todos na sala, tirando momoshiki, usavam pulseiras de prata, as famosas pulseiras da lua que bloqueavam a capacidade de fazer magia.

- Mandou me chamar. Senhor ? - Boruto perguntou fixando os olhos em Momoshiki.

- Sm, era você mesmo que eu queria ver. Comandante Boruto. Tenho uma nova missão para você - Momoshiki gesticulou sem se levantar do autivo trono de pedra.

- Qual missão ? Senhor - Boruto perguntou fingindo um falso interesse, aqueles assuntos sempre o entediavam.

- Invadir o vilarejo da folha, aquele que fica na nossa fronteira com o país do fogo.

Aquilo. Aquilo sim era um tanto surpreende, até porque não havia nada de interessante naquele vilarejo com um clima árido bem diferente do país da névoa onde quase sempre nevava. Naquele lugar não havia plantações férteis, ou lagos com peixes, riquezas ou bens matérias que compensam os esforços e gastos de uma invasão. O vilarejo da folha era lugar era conhecido por sua extrema miséria, até onde sabiam, a coisa mais interessante envolvendo aquele lugar eram os boatos dizendo que lá foi onde os antigos reis morreram.

- Mas. Senhor - Um dos soldados, Kawaki, falou dando alguns passos para frente - Não tem nada de lucrativo lá. Porque quer nos mandar em uma jornada que não vai gerar riquezas ?

- Soldado Kawaki - Momoshiki segurou as laterais do trono - está questionando as minhas ordens ? Quer ficar sem receber refeições por um mês ? Ou quem sabe prefira outro tipo de punição.

- Não senhor - Kawaki voltou para trás.

Kawaki poderia falar mais, porém o medo era grande, o medo de sofrer algum feitiço que, por exemplo, tirasse o ar de seus pulmões.

- Senhor Momoshiki - Boruto tomou a palavra - Oque o soldado Kawaki está querendo não é questiona-lo. Ele e eu. Senhor. Estamos querendo saber pelo que exatamente vamos trabalhar, qual o motivo de invadir um vilarejo conhecido pela sua extrema pobreza e falta de recursos ?

- VOCÊS NÃO PRECISAM SABER DISSO - Momoshiki se levantou do trono e começou a caminhar até ficar de pé na frente de Boruto - Eu quero que matem cada pessoa daquele vilarejo, e quero que queimem tudo. Eu fui claro ? Soldado Boruto.

- Sim. Senhor - Boruto respondeu.

- Ótimo. Vocês têm uma semana para se prepararem - Momoshiki respondeu, e voltou para o trono - não é preciso muito pra conquistar aquele lugar.

Logo uma semana se passou.

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Era um dia ensolarado, quente como de costume, mas Sarada e sua melhor amiga Sumire usavam capas pretas, com as toucas tampando um pouco de seus rostos. Elas estavam em uma barraca da pequena feira do vilarejo, olhando batatas. O vendedor gordo e careca tinha os olhos fixos nas duas jovens, pois ele sabia que poderia ser uma vítima de roubo.

- Ah. Bom senhor, quanto custa essas cenouras ? Vamos querer levar algumas com as batatas - Sumire chamou o vendedor.

O homem desviou sua total atenção para Sumire no outro lado da barraca, a garota fez alguns gestos com os cabelos roxos para distrai-lo enquanto Sarada pegou algumas batatas e cenouras. A morena jogou rapidamente os alimentos na bolsa de pano, que estava encoberta embaixo da capa, e foi para o lado de Sumire.