Chapter I

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Adaptação da obra original "A Menina dos Olhos Bicolores", autorizada.
Se houver algum erro, peço que me perdoem.

"Colega de Quarto"

•Harry Potter

—Mas, mãe...

—Não quero saber, você vai! Não acredito que entrou em outra briga, Harry. É a terceira só neste mês.

—Mas foi ela que começou! Aquela doida iria me dar um tapa se eu não a acertasse primeiro. Tive que derrubar ela no chão.

—Por que, Harry? Por que os outros implicam tanto com você?

—Porque eu não uso a mesma roupa que eles, mãe. Porque eu não sou tão babaca ao ponto de me vestir igual aos outros, só porque tal roupa está na moda. Porque eu tenho o meu próprio estilo!

—Então! Será uma ótima oportunidade. No colégio em que você vai estudar é obrigatório o uso de uniforme.

—Mas eu não quero estudar lá. E os meus amigos?

—Me desculpe meu filho, mas... que amigos? — meu pai perguntou, debochado. Isso pai, esfrega na minha cara que eu sou anti-social. Esse é o apoio que todo pai deve dar para o seu filho-adolescente-que-está-tendo-um-ataque-porque-não-quer-ir-pra-um-internato.

Mandei um joinha pra ele.

—Valeu, pai. O senhor é um homem muito sincero... Ainda não me convenceram a mudar de escola.

—Vamos te dar vários motivos: primeiro; é um internato, portanto, você vai morar lá. Longe do seu irmão e de todo mundo que você odeia e considera chato.

—Ei! — Erik, meu irmão, falou. Não tô dizendo que meu pai é super sincero? Falou que o menino é chato na frente dele.

—Segundo; os uniformes são super lindos! — quando a minha mãe diz super lindo, eu já imagino uma roupa toda neon, com luzes de natal piscando, botas de cowboy e orelhas de coelho azuis.

—Terceiro; quando eu fui visitar a escola, eu vi muitos alunos gatinhos.

—Lilly, acho que podemos matriculá-lo em outra escola, sabe? Uma que seja bem longe dessa dos alunos gatinhos. Já sei! Vamos colocá-lo em um seminário. — meu pai falou. — Se bem que... não, pode deixá-lo nessa escola mesmo. Ele não pega nem resfriado, quanto mais um menino! — e olha o momento sinceridade aí. Meu pai me esculacha e meu irmão apenas ri. Mas que coisa linda!

—Ainda não me convenceram — falei, cruzando os braços e me sentando no sofá.

—Certo. Quarto; e último motivo: já que os alunos ficam a tarde inteira lá sem nada para fazer, se você for, eu e seu pai combinamos de te dar dez livros. Os que você quiser. — minha mãe disse. Foi isso mesmo que eu ouvi? Dez livros?

—Vou arrumar minhas malas. — falei subindo as escadas.

•••

—Filho, tem certeza de que quer levar uma mala inteira só de livros?

—Tenho que me divertir de alguma maneira, já que lá não tem sorveteria, nem shopping, nem pista de skate...

—Lá não tem pista, mas o diretor falou que você pode levar o seu skate. Só não pode andar com ele na área interna da escola.

—E você só me avisa isso agora? Vou levar meu skate novo que vocês me deram de aniversário. Finalmente chegou sua hora amiguinho. — falei, abraçando o skate.

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