Chapter III

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Adaptação da obra original "A Menina dos Olhos Bicolores", autorizada.
Se houver algum erro, peço que me perdoem.

"Diretoria"

•Harry Potter

Os meninos continuaram rindo e eu comecei a ficar irritado.

—Super legais, vocês! — fiz um joinha.

—Ai, de-desculpa... Har-Harry... É que... — Cedrico tentava falar enquanto ria.

—Cedrico, o cara que quer me dar uma lição de vida, mas que fica rindo de mim quando eu soco alguém.

—Harry, o garoto que tem cabelos rosa, mas soca alguém quando fica irritado. — lhe mostrei o dedo do meio. —Uh, é marrentinho.

—Ah, vai se foder, Cedrico!

—Menininho, que coisa feia! Não te ensinaram que é feio falar palavrão?

—Ensinaram. E também me ensinaram isto! — dei um tapa na sua testa.

—Ah, agora você vai ver.

Comecei a correr, com Cedrico atrás de mim. Ó meu Deus, eu não fui feito para correr. Mas parece que Cedrico sim, pois logo me alcançou. Ele me pegou nos braços e me jogou em seus ombros.

—Me solta! Me solta! Ahhhhhhh, gente!

Imaginem a cena: o menino nos ombros do outro, o outro menino em questão girando ele no ar e os migues rindo até cairem no chão.

Comecei a estapear Cedrico, mas quanto mais eu batia, mais ele ria. Quando o sinal bateu e os alunos começaram a sair das salas, Ced me soltou no chão.

—Idiota! Retardado! Vagabundo! — eu gritava, enquanto andava - meio marchando meio estilo bêbado - até a minha bolsa. A peguei e recomecei a xingar. —Bagaço! Noiado! Burro!

—Gostoso — Pansy sussurrou.

—Gostoso. Perai, o que? — olhei furioso para garota, que me mandou um beijo.

—Acabou? — o moreno perguntou, sorrindo. Fiquei meio perdido no sorriso dele, aquele sorriso branco, dentes perfei... Espera! Eu estou bravo com ele!

Bufei, recomeçando a andar.

—Acabei.

—Está mais calmo?

—Não.

—Awn, você está marrentinho hoje? — ele perguntou, me abraçando de lado. Nesse momento, éramos os únicos no corredor, já que todos os alunos - inclusive Blaise, Pansy e a manada de boys -  já tinham ido para suas respectivas salas.

—Cala a boca, cara. Aliás, você tá indo pra onde?

—Aula de física.

—Pois é, eu também. Por que você me disse para me afastar do Draco, se você é amigo dele?

—Não sou amigo dele, nós... ahm... só jogamos basquete no mesmo time. E o time sempre anda junto, então, tenho que aturá-lo. Não posso sair dando socos como você. — ele tocou o dedo em meu nariz.

—Por que não? É tão fácil. — ele ri.

—Sou bolsista, garotinho. Não posso me dar ao luxo de fazer essas coisas. — ele tocou meu nariz novamente.

—Para com isso, Ced.

Quando cheguei ao meu armário - que descobri ser perto do de Cedrico -, peguei meu material e fui para a aula de física... Junto com Cedrico, claro.

Legal que não era uma aula de física, eram duas. Ninguém merece ter que aturar uma professora doida e estranha falando, falando, falando. Se o que Cedrico disse for verdade, como é que o Draco pode transar com isso?

Durante as duas aulas, eu e o moreno ficamos brincando de guerrinha de borracha, guerrinha de papel, guerrinha de bolas de papel, aquela lutinha com os dedos... E a professora nem percebeu. Nem quando eu errei o alvo - Cedrico - e a bolinha de papel foi parar na mesa dela. A véia é míope, só pode ser. Como eu percebi que ela era míope, resolvi arriscar e abri um bolinho no meio da aula. Qual, é? Eu estou com fome! Ofereci à Ced, que não quis. Isso é bom, porque sobra mais pra mim.

Depois dessas duas aulas, houve mais uma de história. Descobri que Draco e Adrian - um menino da manada de boys - também estavam nessa aula, então, sentei perto deles. Péssima ideia.

—Como você e Cedrico viraram tão amigos? — Draco perguntou.

—Não sei. — eu estava tentando desenhar um unicórnio.

—Onde se conheceram? — Draco.

—Refeitório.

—Vocês já se beijaram? — Draco pergunta.

—Não. — eu nem estava prestando atenção direito nas perguntas, respondia da maneira mais rápida o possível, para poder me concentrar em meu unicórnio.

—Nem um beijinho?

—Gostei do desenho. — esse não foi o Draco, foi o Adrian.

—Não. E obrigado.

—Vocês já...

—Nem ouse perguntar uma coisa dessas! Não sou puto, você sabe. E deixa eu terminar meu desenho, por favor?

—Não vai prestar atenção na aula?

—Tenho cara de quem presta atenção em aula de história?

—Não, mas tem cara de quem já beijou o Cedrico.

—Meu Deus, quantas vezes eu vou ter que dizer que EU NÃO FIZ ISSO?! — vixi, acho que falei alto demais.

O homem de uns quarenta anos, magrelo e amarelo como a Power Ranger Amarela, parou de escrever na lousa e se virou pra mim. Que olheiras, hein, tio? Homem muito saudável. Tem uma cara de cachorro. OH MEU DEUS, ELA PARECE O JAKE DE HORA DE AVENTURA! Tenho que tirar uma foto com ele depois.

—Vejo que minha explicação está atrapalhando sua conversa, senhor Potter. Não gostaria de ir conversar lá fora com o diretor?

—Não, obrigado. Aliás, o senhor explica muito bem, não está atrapalhando nada não. Se bem que... Se o senhor falar um pouquinho mais baixo...

—SAIA — falou, abrindo a porta delicadamente... Só que não, né? Parecia que ele queria tirar a porta da parede.

—Aí, ó. Essa sua negatividade... Não faz bem para a sala. O senhor tem que se controlar, senhor Bins — falei, pegando meus materias e indo pra fora da sala.

Seu rosto estava vermelho de raiva e seus olhos também. Aí, tá drogado. Antes de sair, fiz um sinal da cruz com os dedos na cara dele, o que o irritou mais ainda.

—Direto pra sala do diretor.

E lá vamos nós de novo. Me surpreendi quando cheguei lá e expliquei o ocorrido para o diretor mexicano, porque ele riu. Pessoas muito felizes as desse internato.

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