Primeiro amor, uma decepção.

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S/n's point of view...

"Ainda acho uma péssima idéia." A vampira cruzou os braços. Eu estava tentando convencer Billie a se juntar com a alcatéia de Lana, mas não está sendo fácil. "O que ela pode nos proporcionar? Não sabemos o desempenho deles em batalha, S/n."

"Quantidade, Billie! Quantidade!" Esmurrei a mesa, eu estava perdendo a paciência, precisei contar até mil e respirar fundo só pelo hábito. "Desculpa..."

"S/n, ainda não aprendeu a controlar sua raiva?" Billie disse mórbida. "Já fazem três décadas."

"E você acha que eu não sei?!" Senti a minha pupila dilatar. "Em quanto tempo você aprendeu a controlar seus impulsos?"

"Cada um tem seu próprio ritmo." Percebi seu semblante entristecer. "As coisas não são mais as mesmas."

"Eu não sou mais a mesma" Enterrei minha cara entre a palma das mãos, como eu poderia estar sentindo os efeitos da transformação só agora? "Seattle realmente não está nos fazendo bem."

"Deveríamos ir embora, não há nada que nos prenda aqui." A garota olhou no fundo dos meus olhos e sorriu. "Exceto o ensino médio."

"Ah, não me lembra disso." Respirei fundo mais uma vez. "Eu amo você mas viver o colegial pelo resto de nossa existência não é algo que possamos negociar."

Billie riu e afagou as costas das minhas mãos com seu polegar.

"Bem vinda ao meu inferno." Não acredito que ela voltou a falar sobre isso. "Já estamos matriculadas para o próximo semestre, embora todo esse caos que os Hale estão fazendo provavelmente irá nos obrigar a entrar apenas no próximo ano."

"Sério? Eu realmente preciso fazer o ensino médio pelo resto da minha existência?" Revirei os olhos. "Que saco!"

"Cada cidade uma nova vida." Billie colocou seus pés sobre a mesa. "É cansativo, eu sei, mas quanto mais cedo começamos em um lugar mais tempo podemos ficar."

"Ah, é?" Puxei a vampira para cima de mim. "Tem certeza que quer ficar aqui?"

Ela riu e seus olhos travaram na cavidade do meu pescoço, de repente a íris brilhante – que eu tanto amava – iluminou sua face e ela se aproximou novamente de mim.

"Eu amo você." Sua mão percorreu cada perímetro do meu rosto pálido, desprovido de vida. "Como consegue ser tão perfeita? Mesmo após anos e anos você ainda parece tão frágil..."

Empurrei Billie para fora da cadeira com o pé e ela bateu na parede da cozinha, derrubando algumas pratileiras e panelas. Ri da cara de espanto dela. Seus olhos pairaram sobre a bagunça ao redor e vi de espanto sua expressão se tornar sacana.

"Quem é frágil mesmo?" Zombei.

"Eu lembro de alguém já ter me dito para não quebrar coisas que não vai limpar depois" Ela voltou com tudo contra meu corpo, rápida demais. "Agora seja boazinha e venha comigo."

Billie me pegou nos braços e saímos atravessando a sala em disparada para o quarto. Fui jogada na cama e senti seu corpo encaixar com o meu, foi aí que começaram os beijos calorosos. Billie tentava abrir o zíper do meu moletom, ela provavelmente estava se esforçando para não rasgar mais nenhuma das minhas roupas. Acariciei sua nuca e olhei nos seus olhos, vi no reflexo da sua pupila a minha íris brilhar, então os raios que já eram tão conhecidos por mim voltaram a correr novamente dentro do meu organismo morto.

"Acho que ainda sei fazer isso sozinha." Disse abrindo o zíper devagar, apenas para provocar. "Isso é baba escorrendo da sua boca?" Passei meu polegar em seus lábios grossos e rosados. "Droga, Billie, quando foi que ficou tão fraca assim?" Sorri maliciosa.

Afterfall™ - Continuação De Nightfall - (Billie/You).Onde histórias criam vida. Descubra agora