Capítulo 11 (Último)

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O menino recebia os amigos, não foi um evento grande, tudo dentro de casa mesmo e sem muita movimentação.

Ben: Te amo mãe - abraçando Débora após apagar a velinha do bolo
Débora: Eu te amo muito mais meu amor

Ao lado de fora estava sendo montado um palco baixinho, piano e alguns outros instrumentos. Minutos depois

Amanda: Estão escutando? - ouço um barulho que vinha do lado de fora
Ben: Verdade tia, vamos lá fora!
Débora: Devem ser os vizinhos

Erika: Maninha os seus vizinhos por acaso se chamam Artur? - olhando pela janela
Ben: É meu pai, ele veio - lágrimas desceram no seu rosto mas de felicidade porque isso nunca havia acontecido antes

Ele então começou a cantar uma canção que fez pedindo novamente perdão ao filho, todos saíram da casa para o virem até quem morava ali perto, em seguida outra chamada "Inalcançável" para Débora porém a mesma não ficou ali vendo-o aproveitou a distração do menino e entrou dentro de casa chorando.

Artur: Filho vem aqui, por favor

Ben ficou pensativo, Amanda cochichou no ouvido do sobrinho e assim ele foi até o pai que pela primeira vez lhe abraçou e sussurrou um "eu te amo". A noite estava emocionante, o garoto o perdoou, quando tudo acabou e todos foram embora e Ben dormiu. Artur foi até Débora que estava na cozinha arrumando algumas coisas

Artur: Ele dormiu
Débora: Certo, já está tarde eu vou também o dia hoje foi um pouco agitado - evito olhar para ele
Artur: Podemos conversar agora

Ela o olhou séria

Artur: Eu fui um idiota com você, eu sei que fui, durante todos esses anos te vi como uma mentirosa
Débora: Como vadia, aproveitadora, puta na sua boca eu era isso ou sou... não sei
Artur: Perdão
Débora: Você tem o perdão de Ben, fico feliz pelo meu filho que foi rejeitado por você desde quando estava no meu ventre. O meu não precisa e nem tente pois nunca terá Ele ajoelhou

Artur: Perdão por favor
Débora: Eu passei minha gravidez sofrendo pressões suas falando toda vez que nos víamos "aborta", "não é meu filho", "sua desgraçada" entre outros xingamentos... quando Ben nasceu não quis nem ver seu rostinho

Ele ficou calado, as lágrimas desciam nos rostos de ambos

Débora: Você me humilhou, pisou em mim só por uma maldita dúvida que poderia ter sido tirada logo quando Ben veio ao mundo, mas preferiu continuar me ofendendo e fazendo o meu pequeno sofrer com sua ausência... e ainda bancava de bom pai, que ridículo você é!
Artur: Por favor, estou arrependido
Débora: Não, não agora levanta e some da minha casa, que eu consegui com o meu dinheiro e meu sucesso porque se eu e meu filho com "outro" somos famosos hoje não foi pela sua fama e sim por nosso esforço! Você se acha demais!

Ele foi praticamente expulso da casa dela mesmo implorando por perdão, e saiu no carro em alta velocidade, passou em um bar encheu a cara e foi dirigir bêbado.

Artur: Eu mereço tudo que ouvi dela, sou um lixo, nãoo! - avisto o poste mas não consigo frear, tudo apagou

- Narradora

Dois meses depois, Artur se encontra preso a uma cadeira de rodas e com poucas possibilidades de voltar a andar, a agenda de shows caiu bastante por isso, continua em busca do perdão de Débora. Por ser tão insuportável acabou ficando morando sozinho e precisa se virar pra dar conta de tudo sem ajuda. Débora e o Ben estão lá no alto dos mais ouvidos, com a agenda lotada.

A campainha da casa dele tocou

Artur: Lembraram de mim, já vai - se locomoveu na cadeira de rodas automática, quando abriu a porta - vocês - abriu um sorriso
Ben: Pai - se aproximou e o abraçou

- Débora narrando -

Artur está num estado deplorável, confesso que me deu dó. Eu iria deixar só Ben para passar o dia de hoje com ele, mas por insistência dos dois não fui embora, mais por meu filho que pediu.

Artur: Quem diria que um dia eu estaria assim, numa cadeira de rodas, morando sozinho e com a carreira se desmoronando
Ben: Você vai voltar a andar um dia
Artur: As possibilidades são mínimas, já estou conformado

Débora: Mas a vida não acabou, recomece do zero
Artur: Obrigado por lembrarem de mim, como veem nem meus irmãos me visitam. E eu lhes causei tanta dor e são os únicos que veem me visitar
Ben: Eu te perdoei pai
Artur: Obrigado meu filho, vai lá no meu quarto tem uma coisa para você

Ben foi contente para ver o que tinha pare ele

Artur: Débora você é maravilhosa merece alguém que te faça muito feliz
Débora: Eu também desejo que você seja feliz de verdade
Artur: Se eu pudesse faria tudo diferente
Débora: Não tem como mudar
Artur: Obrigado por cuidar tão bem do nosso menino, perdão por ter sido tão idiota contigo e com ele também. Perdão por todas as vezes que te ofendi, me arrependo muito por isso
Débora: Está tudo bem agora, não gosto de guardar mágoas, te perdoo

Momentos depois

Artur: Ele me falou que gostava de animais, aí decidi dar lhe dar de presente um cachorrinho
Débora: Ele está muito feliz

Eles observavam o filho brincar com outras crianças e com o cachorrinho, Débora em um banco da calçada e Artur no lado na cadeira de rodas fazendo carinho nos cabelos dela

Artur: Ben tem sorte de ter uma mãezona como você
Débora: Obrigada

Eles iam se aproximando tocando na face um do outro, dão um beijo carinhoso e calmo, depois de tantos anos provam os lábios um do outro quando separam ofegantes

Artur: Namora comigo
Débora: Vamos com calma

Assim eles começam uma amizade colorida, ele queria finalmente algo sério mas Débora tinha medo de se machucar novamente, e mesmo não estando em relacionamento sério pai, mãe e filho estão tendo uma boa relação. Os dois como casal estão começando a se gostar de verdade.

- Fim -

O meu muito obrigada aos leitores!

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Esse Filho Não É Meu! (História curta)Onde histórias criam vida. Descubra agora