11_ Preciso de um advogado!

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Olhando para a tela do meu celular, vendo aquele nome no visor. Sentindo meu coração acelerando, sentindo minhas mãos tremendo, meu nervosismo chegando.

Só de olhar o nome na tela do meu celular me fez parar alguns segundos pensando no que deu antes de tudo acontecer.

A minha mãe era uma garota de progama, na verdade eu não sabia que ela era. Só descobri quando eu tinha 15 anos.

Um homem chegou na minha casa dizendo toda a verdade sobre a minha mãe. Ela... Ela fugiu logo em seguida, três dias depois o mesmo homem morreu. E a minha mãe era a principal suspeita já que ela tinha desaparecido.

E então mesmo sabendo que ela não tinha saída, se entregou. Amostrou para os policiais o vídeo dela mesmo matando o cara. Aquele foi meu fim.

Descobri que a minha era uma garota de progama, e ainda por cima assassina. Depois dali a minha vida foi terrível. Passei a ser julgada por ser filha de uma prostituta/ assassina.

A minha vida deu uma reviravolta. Passei a crescer e lutar para os meus sonhos, porém tinha uma coisa. Ninguém aceitava uma filha de assassina. Por isso não conseguir estudar, fazer faculdade nem ao menos trabalhar.

Por isso desistir do meu sonho de ser advogada. Na real eu não tinha mais chances.

Resolvo atender a ligação, não tinha como negar.

Ligação on.

Hope- A... alô? ㅡ Gaguejo nervosa.

Mãe- Hope? Filha? Ta ai?

Hope- Eu... eu tô. ㅡ Gaguejo novamente. Eu me sentia nervosa sabendo do que eu precisava me preparar.

Sabia que uma bomba estava prestes a cair sobre meu colo.

Mãe- Você tá nervosa, Hope? Só por que eu fui presa? ㅡ Mesmo depois de anos na cadeira ela me conhecia como a palma da sua mão. Ela era a minha e mesmo assim eu estava nervosa ao falar com ela.

Mas eu ainda pensava no quanto ela me fez sofrer. Ela destruiu a minha vida, passei anos sofrendo por ela. Na escola, no cursinho, até mesmo na porta da minha casa.

Era um sofrimento sem fim.

Mãe- Tá com medo de mim? ㅡ Fez a pergunta que eu temia mesmo sabendo que ela fazeria.

Não, não fazia sentindo eu ter medo da minha própria mãe.

Hope- Você é a minha mãe. ㅡ Respondo-a. ㅡ Não preciso ter medo de você mãe.

Mãe- Que bom! ㅡ Ela deu um suspiro de alívio. ㅡ Ah, sabe onde está a Helena? Não consigo falar com ela.

Hope- Não. ㅡ Neguei. De fato eu não sabia, tinha acontecido tanta coisa que eu me esqueci de ligar para ela. ㅡ Mãe, por favor, por que a senhora me ligou? A senhora não estava presa?

Mãe- Bom, tecnicamente eu ainda estou. ㅡ Respondeu. ㅡ Mas eu liguei por dois motivos.

Hope- Quais?

Mãe- Primeiro; eu sou mãe e estava com saudades da minha filha. E segundo; eu... ㅡ Ela fez uma pausa. ㅡ Preciso de um advogado!

Hope- Por que a senhora quer um advogado? Agora?

Mãe- Porque estou sendo acusada de outro assassinato mesmo estando presa nessa cadeira imunda! ㅡ Respondeu levantando um pouco a voz.

Hope- Outro? De quem?

Mãe- Do... ㅡ Ela parou de falar.

Hope- De quem mãe? Fala!

Mãe- Do seu avô Marco.

•••

Em busca da FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora