capítulo único

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Nota da autora: recomendo lenços para ler essa oneshot, porque eu precisei para escrever

essa oneshot inicialmente era baseada apenas em little things, mas conforme fui escrevendo ouvindo minha playlist malapia acabei me baseando em várias outras. entre elas: what makes you beautiful - one direction, just the way you are - boyce avenue cover, say you won't let go - james arthur, naked - james arthur, you mean the world to me - freya ridings e as minhas favoritas das anavitoria, tua e cor de marte.

boa leitura!

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Era cerca de 2h36min da madrugada quando Vitor ouve a batida na porta

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Era cerca de 2h36min da madrugada quando Vitor ouve a batida na porta. Levantando da cama enquanto coçava os olhos, ele caminha de forma cambaleante até a porta, olhando pelo olho mágico. Sua mente parece despertar de imediato ao ver Maria Pia ali, com uma expressão nada boa. E logo que abre a porta o mais rápido que pôde, confirmou sua preocupação com a forma que ela se jogou em seus braços.

- Maria Pia? O que houve? - Ainda que confuso, ele a recebeu em seus braços como sempre faria. Eles eram quentes e faziam a loira sentir uma espécie de segurança que nunca antes lhe foi apresentada. Sua voz chegou até os ouvidos de Maria Pia com a doçura que só ele tinha com ela e ela soube que estava no lugar certo, que era ali que sua alma ferida encontraria abrigo pra descansar. Como tem encontrado desde o dia que o conheceu.

- Me abraça, por favor. - Ela suplicou, a voz abafada por estar com a cabeça apoiada contra o peito de Malagueta, e ele a apertou mais forte contra si. Ela amava como ele sempre desafiava as leis da física para fazer seus corpos ocuparem um único espaço.

E foi assim por alguns minutos, apenas permaneceram em silêncio naquele encaixe perfeito. As batidas do coração de Vitor tão perto de seu ouvido acalmavam Maria Pia, e os cabelos dela engolindo todo o rosto de Vitor abaixo do nariz era a melhor sensação que ele conhecia, poderia se perder dentro daqueles fios loiros para sempre. Não saberia dizer se o aroma que eles carregavam era doce, amadeirado, cítrico, oriental ou frutal. Mas sabia que era seu aroma favorito simplesmente por ser o cheiro dela. Quando a consciência, coisa que ele sempre perdia na presença dela, se fez presente e ele percebeu que estavam parados na porta aberta em meio a madrugada por tempo demais, a afastou com cuidado.

- Vem, vamos entrar. - Justificou a quebra do abraço, fechando a porta e a guiando até o sofá. Ela fez exatamente como ele indicava e deixou que os músculos tensos relaxassem contra o apoio do sofá. Não era o sofá mais confortável do mundo, mas só o fato de ser o sofá do cafofo que abrigava o corpo de Vitor todos os dias já a trazia mais conforto do que todos os sofás caríssimos que já viu. - Agora me conta, o que aconteceu?

Ele sentou-se ao lado dela e a olhou com cuidado. Por alguns segundos, ela apenas o encarou de volta, se perdendo em seus olhos castanhos. Gostava de se enxergar nos olhos de Vitor. Não entendia como ele podia olhar para ela de formas que ninguém nunca pôde, nem ela mesma. Por isso o repelia tanto as vezes: medo. Medo do que ele enxergava. E medo de não saber mais viver sem aquele olhar quando ele conseguisse dela o que queria, o sumiço das fotos e o poder na empresa, e a deixasse.

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