Às vezes, Harry voltava. Para o momento em que ele tinha acabado de sair da batalha, com todas as mortes pairando sobre sua cabeça. Foi então que a varinha que ele quebrou e o anel que ele pensou ter deixado na floresta o encontraram. O assombrava. Ele havia tentado se esconder. Mas havia tantas coisas que precisavam ser feitas. Hogwarts estava uma bagunça, tantos feridos, tantos luto. Até o velho Sr. Filch parecia tão angustiado, tentando desesperadamente limpar e varrer. Harry não tinha prestado atenção naquela época, o alívio o inundando como mel quente. Ele ajudou a reconstruir Hogwarts, falou pelos Malfoys e pelos Sonserinos, ele compareceu a tantos funerais e ouviu e sentiu tanta tristeza. Ele tinha se concentrado em todos os outros que ele se negligenciou. E quando a quantidade de trabalho e responsabilidade diminuiu, Harry caiu. Ele se sentia como se tivesse realmente perdido sua alma quando morreu. Ele não sabia quem ele era. Ele passou dez anos conhecido como menino ou aberração. Então ele era Harry Potter, o menino-que-sobreviveu, o menino de ouro da Grifinória, o salvador, o escolhido. Ele nunca teve tempo para ser ele mesmo. Para ser apenas Harry.
Assim que Voldemort se foi, Harry caiu em seu próprio abismo de depressão. Saiu de qualquer buraco negro deixado dentro dele e se espalhou para fora, entorpecendo sua pele e enchendo-o com uma forte sensação de perda e silêncio.
Ele ficou longe de seus amigos por quase um ano inteiro, mentindo sobre deixar o país, mas em vez disso ficou em Grimmauld Place, chorando até dormir, procurando algum tipo de fechamento que não conseguia encontrar. Ele assistiu e reviu as mortes que testemunhou. Cedric, Sirius, Dobby, os alunos de Hogwarts alinhados no Salão Principal, Remus, Tonks ... Demorou muito até que Harry superasse isso. Tanto tempo para se encontrar. Para parar de se permitir levar toda a culpa.
Seus amigos estavam seguindo em frente sem ele. Ron ficou com sua família para ajudar um ao outro na recuperação e aceitou a oferta de treinar como Auror. Hermione saiu para encontrar seus pais e conseguiu rastreá-los três meses depois. Ela voltou para Hogwarts para terminar seus NIEMs e mais tarde trabalhar para o ministério. Neville reivindicou sua senhoria e foi aprendiz da Professora Sprout. Malfoy estava em prisão domiciliar com uma reputação morta e uma quantidade cada vez menor de ouro. O ministério havia confiscado seu dinheiro para usar na reparação de alguns dos danos da guerra. Luna assumiu o comando do Pasquim e passou a estudar e treinar para ser uma curandeira. George administrava a loja de piadas sem Fred. Andromeda ficou com a custódia do pequeno Teddy. Ginny se tornou uma jogadora profissional de quadribol.
E então havia Harry.
Ele não queria ser um auror.
Ele não queria voltar para Hogwarts, não quando tudo ainda estava tão fresco.
Ele não queria ser uma celebridade.
Ele não queria ser um herói.
Ele não sabia o que queria.
Até que ele tocou as Relíquias.
A morte se tornou sua consultora. A morte se tornou seu ombro para se apoiar.
E de alguma forma Harry conseguiu se levantar e tentar viver. Mesmo depois da birra massiva que ele teve depois de descobrir sobre sua imortalidade, como o tempo havia parado para ele, como ele não era mais humano, sobre não ter escolha mais uma vez. Ele estava em negação e estava se rebelando contra isso com tudo o que tinha até ficar muito cansado. Ele queria ser feliz. Queria sentir a paz que seus amigos sentiam.
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Reescrito
Fanfiction[TRADUÇÃO] Escrito por Itshannieee Após a batalha final, Harry aprende algumas verdades perturbadoras sobre si mesmo e aqueles em quem ele mais confia. Forçado a aceitar as revelações, Harry decide se vingar daqueles que o injustiçaram e abraçar que...