𝐚𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨
↬ No mundo clichê em que vivemos, todas as histórias têm um final feliz, mas para Any Gabrielly, sua vida estava longe de ser uma delas.
Depois de corações partidos, viver uma vida sem família e ter apenas o apoio da sua melhor...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sábado à noite chegou rapidamente, e com tudo o que aconteceu, eu não estava nem um pouco disposta para ir nesse jantar com Nathan, mas não queria desmarcar outra vez, até porque esse jantar poderia ser uma oportunidade para esquecer todos os problemas do trabalho.
Assim que achei a hora apropriada, tomei um banho demorado, fiz minhas necessidades, todos os tratamentos na pele, como sempre fazia.
Decidi fazer uma make em tons claros e babyliss em meu cabelo para deixá-lo mais modelado . Escolhi um vestido preto, com decote em V e aberto nas costas e um salto da mesma cor.
Já vestida, peguei numa bolsa mais pequena onde eu pudesse apenas pôr meu celular e carteira.
Notei que estava ficando frio então decidi levar um casaco felpudo branco. Saí do quarto, encontrando minha melhor amiga na sala.
— Você está linda! — ela elogia.
— Obrigada, mas você está deslumbrante. — digo olhando Sabina — Posso saber onde a senhora vai? — questiono.
— Balada! — sorri animada. Claro, Sabina não seria Sabina sem balada.
— Divirta-se e toma cuidado. — a abraço e saiu do apê. Assim que desço até o andar "0", e saio do prédio, vejo Nathan encostado a um carro lindo, que presumo ser dele.
Ele me encara e eu sorrio, indo até ele.
— Você está... uau! — ele sorri, e eu dou risada.
— Obrigada, você também não está nada mal. — dou meia volta, adentrando no carro, assim que ele a destrancou — Onde vamos jantar? — pergunto curiosa.
— Surpresa! — reviro os olhos e acabo rindo com isso.
Em poucos minutos já estávamos em frente a um restaurante. Nathan fez questão de abrir minha porta, tanto no carro quanto no restaurante, um verdadeiro cavalheiro.
— Reservei uma mesa ontem, para dois. — ele fala para a atendente da entrada.
— Qual o seu nome? — pergunta.
— Nathan Peters. — o moreno diz e a atendente logo repara que ele realmente está na lista.
— Mesa 6. — indica e Nathan agradece, me guiando até essa tal mesa.
Assim que nos sentámos o assunto começou. Pedimos a comida e quando já estávamos comendo, Nathan começou uma nova conversa.
— Você nunca me falou se está ou não em um relacionamento. — indaga ele.
— Ah não, não estou. Na verdade, nunca tive um relacionamento sério. — dou de ombros e ele me encara espantado.
— Sério? — assinto.
— Acho que a pessoa precisa ser muito especial para fazer com que eu dê meu coração a ela. — Sorrio.
— Então isso significa que você é... você sabe... virgem? — aquele assunto não. Eu odiava esse assunto.
— Não, não sou. — digo incomodada — Mas podemos falar de outra coisa? — ele parece arrependido agora.
— Claro! Me desculpa não queria parecer intrometido. — ele se sente culpado.
— Não, tudo bem, não tem problema. — sorrio fraco — Mas e você, está em algum relacionamento? — pergunto.
— Se eu estivesse, não estaria aqui. — ele sorri, pegando na minha mão por cima da mesa.
— Ah Nathan... — eu tiro minha mão — Me desculpa, mas eu não estou pronta para um relacionamento agora. Eu gosto bastante da sua companhia e da sua amizade. — eu digo constrangida.
— Não se preocupa, Any. Tudo a seu tempo. — ele sorri e eu assinto aliviada.
Estava tudo correndo bem até meus olhos avistarem meu chefe. Comendo sozinho numa mesa.
"Merda" meu subconsciente pensa.
Meu coração apertou de vê-lo ali, sem ninguém para conversar. Ele mexia no celular, com expressões sérias, provavelmente esperando pelo seu pedido.
Pensar que, se essa tal de Alice estivesse viva, tudo seria diferente. Ele não estaria tão sozinho, e provavelmente não seria tão fechado e insensível. Uma vontade imensa de chegar perto dele e perguntar como ele se sentia me dominou.
— Gabrielly? — Nathan me encarou e eu o olhei logo em seguida.
— Me desculpa, mas é que... eu realmente preciso ir no banheiro. — sorrio meio sem jeito e ele dá uma risada fraca.
— Tudo bem. Os banheiros são por ali. — ele aponta para uma direção específica. Para meu azar, repara no Sr.Beauchamp ali sentado — Eita, está ali o chefe! — ele se volta para a frente — Seja discreta se não ele vê a gente. — dou risada mas assinto e me levanto da mesa.
Finjo caminhar até o banheiro, mas ao invés de virar, me certifico que Nathan não está olhando e caminho até à mesa de meu chefe.
— Boa noite. — eu saudo e ele me encara pela primeira vez.
— O que você está fazendo aqui? — sua pergunta soa mais rude do que esperava.
— Jantando. — reviro os olhos.
— Com? — arqueio a sobrancelha.
— De novo: minha vida pessoal não lhe diz respeito. — ele corta o contato visual assim que termino minha frase — Você está bem? — eu tomo toda a coragem do mundo para perguntar.
— Pareço mal? — questiona, friamente.
— Eu prefiro não responder. — sou sincera e ele dá uma risada fraca. Eu não acredito! Fiz meu chefe rir!
— Do que está rindo? — pergunto com um sorriso no rosto.
— Da sua sinceridade. — ele dá os ombros.
— Porque está sozinho? — sou direta.
— Porque está acompanhada? — me responde com outra pergunta. Dessa eu não esperava.
— Isso... — ele me interrompe.
— Não é da sua conta, sim, eu já sei. — completa minha frase — Mas agora, eu quero jantar em paz, então por favor, volta para perto do seu par. — ele pede. Sem querer irritá-lo mais, eu me viro, mas antes que possa dar qualquer passo, ouço o Sr.Beauchamp falar — Aproveita seu encontro com Nathan. — seu tom foi de ironia e agora uma pergunta rondava minha cabeça:
Porque caralhos ele se importava tanto com minhas saídas com o Nathan?
