Capitulo Dois

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Acordei em um porão escuro sem minhas vestes e com algumas marcas pelo corpo, sentia meus seios doloridos, assustada procurei alguma fonte de luz, achei um bocal e apertei, iluminando o local, era um porão pequeno, mas bem organizado, tinha uma cama limpa de solteiro e uns livros na escrivaninha que ficava ao lado da cabeceira. Escutei passos e vi a porta do porão se abrir, José estava trazendo um prato de sopa quente, ele me ofereceu com seu jeito simpático, peguei de sua mão e joguei em seu rosto, o velho gritou, gritou e em meio a xingamentos me jogou na parede, veio com raiva para cima de mim, deu socos na minha cabeça enquanto me penetrava, me estrangulava e dizia que eu era uma vadia muito gostosa, acabei desmaiando por estar sem forças. Acordei novamente, já não tinha percepção do tempo, estava com medo, confusa e peguei um livro na escrivaninha para ler, fiquei ali por um tempo enfiada nas paginas para esquecer da realidade, sentia raiva de mim por ser fraca e nojo do meu corpo. A porta do porão se abriu novamente, era o senhor me trazendo mais um prato de comida, desta vez peguei o prato de sua mão e esperei ele se aproximar, foi quando chutei seus testículos, ele se contorceu de dor, mas antes que eu pudesse fazer algo José me agarrou, começou me espancar, senti meu nariz quebrar e uma dor agoniante tomou conta, ele segurou meus pulsos com firmeza contra o solo e novamente abusou de mim. Assim foi por um bom tempo. Um dia tive uma brilhante ideia. Fiquei uns dias sem tentar agredi-lo esperando ele abaixar a guarda, em uma das vindas de José para me dar comida e me estuprar, pedi para ir ao banheiro, ele permitiu e me seguiu esperando na porta do lado de fora, peguei o rolo de papel e joguei no vazo sentando sobre ele depois, falei para José que acabou o papel higiênico, ele veio conferir abrindo a porta do banheiro, deu uma risada e foi buscar outro. Rapidamente corri até a dispensa onde continha as medicações, peguei uma cadeira subi em cima dela e pegando um sonífero coloquei a cadeira no lugar, voltei para o toalete, quando sentei no vaso escutei o senhor voltando e vi ele abrindo a porta me dando o rolo que foi buscar. Voltamos para o porão e eu comecei a comer oque ele tinha me trazido, durante garfadas olhei assustada para a parede, ele rapidamente olhos para trás e eu aproveitei para colocar o sonífero na comida, quando José olhou para mim de novo falei que vi uma aranha oferecendo para ele um pouco da refeição, comeu, conversei com ele por um tempo até que caio no sono. Corri pegar a chave que estava em seu bolso, subi as escadas, abri o porão e segui até a porta de saída, sai para o quintal e com as mãos tremendo consegui trancar a porta por fora. Meus olhos arderam sobre os raios solares, fazia tempo que não via a luz do dia, segui correndo pela trilha de onde vim, após muito tempo parei para descansar, já tinha saído da trilha e estava seguindo as marcas nas árvores que fiz anteriormente, foi quando escutei os passos atrás de mim e ao olhar, notei que José estava no meu encalço, desesperada corri pela floresta tomada pelo medo, foi quando me dei conta que tinha me perdido, desabei no choro sentindo uma forte pancada em minha cabeça.

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