Sol Miller, uma menina que luta boxe por ter problemas com raiva, o que fez ela ter esses problemas foi o seu pai também ter, seu pai lutava a anos pra controlar a sua raiva e decidiu ir pro competitivo assim como sua filha. Brian Miller desenvolveu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
|Chicago |11/03
Foi ali que o meu mundo desabou... Não sabia o que ia ser da minha vida sem meu pai, era só eu e ele, agora seria só eu...
Caí de joelhos no chão, senti dois braços me envolvendo em um abraço, imaginava que seria o Julian, eu chorava como se não ouvesse amanhã, eu me sentia sozinha, como eu me senti quando perdi meus "amigos", só que agora era uma dor diferente, é como se nunca mas eu fosse ser feliz sem meu pai.
Eu estava sem rumo, me levantei do chão, com os braços do Julian ao meu redor e a única coisa que eu queria ali era meu pai, mas eu não podia ter mais ele, sai do abraço do Julian e comecei a correr pra fora do hospital...
Sai do hospital, e fui até meu carro, entrei dentro dele e sai do estacionamento, eu andava em alta velocidade e chorava, só conseguia pensar que agora, eu não tinha mais ele...
Parei na academia de boxe do meu pai, estava fechada, peguei as chaves da academia e sai do carro, abri a porta.
Ali era onde meu pai vivia, aquilo ali era a vida dele, ele construiu isso...
Andei até o escritório do meu pai, e lá estava as medalhas, cinturões e alguns troféus, fui até sua mesa, me sentei na cadeira, tinha um porta retrato com nós dois e outra com o Julian, peguei o porta retrato.
– Por que o senhor foi tão cedo pai? A gente tinha tanta coisa pra viver, a gente tinha sonhos, que agora vou ter que realizar sozinha, e a nossa academia o senhor acha que eu vou conseguir cuidar disso aqui sozinha? Essa academia era o sonho do senhor... O que vai ser de mim sem o senhor? Por que? Por que meu Deus... - Eu já chorava litros não sabia o que fazer...
Peguei as luvas do meu pai e coloquei, nem me preocupei de colocar bandagem, fui até o saco de pancada e comecei a socar, estava descontando minha tristeza, minha raiva, minha angústia.
Dei um grito, como pedido de socorro, eu não tinha mãe, não tinha amigos, meus parentes não são próximos e agora eu perdi meu pai, eu só me perguntava o porque, por que isso tinha que acontecer comigo?
E já tive a porra de uma infância de merda, agora eu tenho que passar por isso sozinha, eu estava sem ninguém...
– Ei ei ei para, se acalma, tá bom? - Era Julian e ele era a única pessoa que eu tinha - Eu sei como você tá se sentindo, também estou com essa dor porque seu pai era meu irmão de coração, mas a sua dor é mil vezes pior porque ele é seu pai, já perdi o meu e sei como é essa dor... mas nós estamos juntos nessa, vamos fazer o que seu pai falou, seguir nossos sonhos e eu vou te ajudar, você não estará sozinha, você tem a mim... - Ele me envolveu em um abraço e era isso que eu precisava, de um abraço sincero..
– Obrigado, obrigado por tudo, por sempre estar do nosso lado você é como um pai pra mim... - Julian me apertou mas forte no abraço.
– Eu vou estar sempre do seu lado, tá bom? - Perguntou e eu assinto saindo do abraço - Eu tinha uma coisa pra falar pra você e seu pai mas não deu tempo... - Abaixa a cabeça - mas vamos resolver isso depois, temos que arrumar as coisas do seu pai, vamos? - assinto.
Eu tinha que ser forte, pelo meu pai, eu iria fazer o que ele pediu, seguir minha vida e meus sonhos só que com uma dor agora, meu pai era o que me fazia brilhar agora eu vou só tentar...
Saímos da academia, olhei pro céu e uma lágrima caiu do meu olho.
"Você realmente se foi..."
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
