Cap 1

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SOL MILLER

|Chicago|10/03

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|Chicago
|10/03

Acordei atrasada pra ir ao hospital, levantei em um pulo e fui pro banheiro, fiz minhas higienes pessoais e tomei um banho, fui até meu pequeno closet pra escolher uma roupa e peguei a primeira roupa que vi pela frente, uma calça de moletom cinza claro, um cropped branco, minha jaqueta de couro e um tênis qualquer.

Desci as escadas correndo e fui pra cozinha, peguei uma maçã pois já estava atrasada, então iria comer no hospital mesmo, dei uma mordida na maçã enquanto pegava minhas coisas na mesinha de entrada da casa, peguei a chave do meu carro e fui pra garagem.

Dei partida no carro e fui o caminho em silêncio, não tava animada pra nada, ver meu pai naquele hospital, naquela situação... minha cabeça tava cheia de pensamentos ruins, eu não queria nem pensar se isso acontecesse.

Vocês devem não estar entendo nada, bom, meu pai foi diagnosticado com câncer de pâncreas, é um câncer raro, que muitas pessoas não sobrevivem, não queria pensar que meu pai poderia morrer, mas do jeito que ele está, não sei se há muita esperança, mas estou torcendo que sim.

Hoje ele tem uma cirurgia pra tirar o câncer, e eu tô meio nervosa, tenho muito sonhos para realizar e quero que meu pai esteja presente neles.

Meu pai é minha única família pra falar a verdade, minha mãe me abandonou quando tinha 1 ano e meio de idade, e deixou uma carta pra eu ler quando já estivesse "madura" e meu maior arrependimento foi ler essa carta.

Na carta ela escreveu que eu fui a maior decepção da vida dela, que eu deformei o corpo dela, que eu destruí a carreira de modelo dela e bom o resultado disso foi eu ter mas uma das minhas crises de ansiedade.

Quando estava no 3° ano do ensino fundamental, um menino falou que meus dentes erram feios, pois eles eram abertos, e eu comecei a ter uma crise de raiva, o que não é muito normal pra uma criança, na hora que eu vi o que estava fazendo, eu parei, estava em cima do menino dando socos nele.

A diretora me deixou suspensa por 4 dias e meu pai me levou no médico, descobri que eu tinha problemas com raiva, que se chama TEI (Transtorno Explosivo Intermitente) o médico falou que poderia ter alguém na minha família que tivesse e que isso me levaria a ter esses problemas, teria que tomar medicamentos, se por acaso eu não quisesse tomar os medicamentos eu teria que fazer algum esporte "violento" pra ajudar a controlar minha raiva, como boxe, jiu jitsu, entre outros.

Depois do ter ido ao médico, meu pai passou em um restaurante para nós comemos, ele falou que queria conversar comigo, fiquei meio tensa que nem toda criança fica, terminados de comer e voltamos pra casa.

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