Capítulo 8

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Desfrutem ♥

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Fazia muito tempo que eles não se falavam, eles só se viam para reuniões sobre a ação de contra a empresa concorrente. Ação que havia ganhado por sinal. Alfonso remunerou muito bem Anahí por isso, tanto ela quanto Allan. Mas isso já fazia meses, e ela ainda lembrava da última conversa que tiveram.

Alfonso estava animado, havia convidado Allan e Anahí para se juntarem a ele em seu escritório, abriu uma champanhe e serviu para os três. Muito animados, comemoraram. Tinham de comemorar. Um trabalho árduo, que demorou meses, quase um ano.

Ele entregou os cheques, para Allan e Anahí, um valor bem mais alto do que imaginavam receber. O amigo de Anahí quase caiu para trás quando viu, Anahí, no entanto, não falou nada. Ela ainda se lembrava de dizer que esperava ser bem remunerada, claro que ela não imaginou que ele levaria tão a sério.

O escritório de Alfonso era bastante espaçoso e contava com dois ambientes sem divisória. O primeiro se podia ver logo que entrava a porta, era uma mesa grande de madeira rústica em forma de "L" que contrastava com uma cadeira de aparência moderna e confortável, a frente da mesa havia mais duas cadeiras menores, mas parecidas com a outra, e por trás de tudo isso, uma grande estante em tons de preto e marrom. Na outra parte, perto da parede envidraçada, onde se podia contemplar uma linda vista, havia um tapete marrom escuro, e em uma ponta um sofá quadrado de um lugar, e na outra ponta um sofá no mesmo estilo só que de três lugares. Sobre o tapete, uma mesa de centro pequena, toda de vidro. Apesar dos móveis escuros, o chão branco e as paredes em cinza, de tom bem claro, deixavam o ambiente bastante clean e aconchegante.

Os três se direcionaram ao segundo ambiente, Anahí se sentou na poltrona e os homens um em cada ponta do sofá. Eles conversaram alguns minutos sobre a audiência, animados enquanto bebiam a champanhe. O telefone de Allan então tocou, e logo após desligar, ele pediu licença dizendo que deveria resolver algumas questões de um outro trabalho. Anahí também sentiu que esse era o momento para ir embora. E virou-se para Alfonso assim que viu Allan fechar a porta. Não queria ficar sozinha com ele.

- Eu acho que também vou indo. - Ela sorriu.

- Certeza? Ainda tem bastante champanhe.

- Sim, na realidade nem deveria estar bebendo, tenho que dirigir.

- Pode deixar seu carro aqui na empresa até amanhã, chame um Uber. É mais seguro.

- Obrigada. - Ela sorriu com a preocupação dele. Ainda sim, queria ir embora antes que aquela conversa se tornasse pessoal.

- O que pretende fazer agora? Já tem outros trabalhos em vista?

Tarde demais, pensou Anahí.

- Eu sempre tenho vários trabalhos paralelos, mas na realidade, agora pretendo dar uma pausa. Eu vou ficar fora por algum tempo.

- Vai viajar? - Tentou parecer indiferente, enquanto na realidade sentiu um frio percorrer a sua espinha.

- Sim, vou ficar algum tempo na Inglaterra. Parece que vou ser titia, e já não falava com meu irmão há algum tempo, e parece que agora ele quer reunir a família. Ele é a única família que eu tenho. Então... - Ela deu os ombros. - Acho que é um bom momento para nos dar uma oportunidade de reaproximação.

- Espero que as coisas dêem certo para você e seu irmão.

- Obrigada. - Ela sorriu. - E o Sr., como está?

- Eu na realidade estou muito bem. A terapia tem me ajudado bastante, embora seja duro entender que parte de mim não vai mudar e que será mais um autocontrole do que uma mudança efetivamente. - Ele deu os ombros. - Mas, apesar das dificuldades, eu me sinto feliz com a pessoa que eu estou me tornando agora.

Rosas que duelen ✖ AyA {finalizada}Onde histórias criam vida. Descubra agora