Fecho os olhos e ainda sinto seu abraço, abro os olhos e não te encontro mais aqui, mamãe"
Faz exatamente um mês desde que meus pais se foram. Sim, se foram. Sem avisos prévios, sem abraços, sem se quer eu poder me despedir direito. Porque? Bem, eu estava no Colégio quando isso aconteceu.
Talvez esteja se perguntando oque aconteceu com eles. Bem,vou explicar...Fevereiro de 2018 | Dia em que os Valentes se foram.
Era o primeiro dia de aula. Sou de uma cidadezinha no interior do méxico,onde eu aposto pra você que você não saberia se quer chegar. Estava eu e uma amiga estudando matemática quando percebo o diretor da escola na porta da sala conversando com a professora.
Até ai,tudo normal. Certo? Até que eu escuto.
--- Senhorita Valente, pode nos acompanhar?
Daí por diante meu coração gelou. Eu tinha absoluta certeza de que não tinha feito nada ruim naquele dia para ser chamada na sala da direção. Entrei na sala morrendo de medo e achando que levaria uma advertência pra sabe oque seila eu tinha feito.
--- sente- se luna. O diretor falava comigo e eu nem se quer sabia oque estava acontecendo.
--- porque mandou me chamar aqui Dr. Heints?
--- Bom, Luna... recebemos uma ligação ainda pouco de um hospital e bem, seus pais sofreram um acidente na estrada quando estavam voltando pra cidade.
Eu escutava a voz do diretor,mas nem se quer eu estava raciocinando direito naquele momento. Lágrimas percorreram meu rosto e eu só não queria pensar em nada pior naquele momento,algo totalmente impossível e fora de cogitação.
--- você está dispensada para ir até la. Eu pedi pra que o motorista do onibus escolar te levasse ate o hospital. Pode ir com ele e qualquer coisa nos avise.
Fiz que sim com a cabeça e saí daquela sala com os olhos ardendo de tantas lagrimas e o nariz ja vermelho.
Bom, não sei se disse,mas sou adotada por eles desde que me conheço por gente e somos de uma familia bem humilde e só morávamos nós 3 e meu cachorro bili em uma mini fazenda. Essa fazenda era de um casal rico que basicamente viviam viajando e meus pais ficavam tomando conta do lugar. Então pra mim,é a minha casa. Sempre foi.
Ao chegar no único hospital da cidade, coloquei meu nome em uma lista que tinha encima da mesa e me sentei esperando ser chamada.---Srt. LUNA VALENTE.
Levantei do sofá velho que tinha e logo em seguida perguntei sobre meus pais. A atendente me disse que estavam realizando uma cirurgia e que estavam na sala 144A.
Fui correndo ate o corredor A e esperei enfrente a sala que por sinal estava trancada. Olhei da janela e vi minha mãe de um lado e meu pai do outro. Ambos estavam sendo operados no mesmo momento,pois o hospital era pequeno e era de extrema urgência aquilo.
Sentei-me no chão e abaixei a cabeça pedindo ao pai que não deixasse que meus pais fossem embora ate que a porta se abre e um enfermeiro chega próximo a mim.
--- é a filha deles? Respondi que sim e me levantei do chão.
--- Tentamos fazer o possível mas infelizmente não deu.Eu não conseguia entender oque aquilo de fato estava acontecendo. Eu não tinha ideia de que aquele enfermeiro estava dizendo que eu nunca mais teria meus pais de volta. Naquele momento,meu mundo caiu. Eu não saberia mais viver ou tentar.
Mônica e Miguel foram os melhores pais que eu poderia ter tido na vida. E apesar da condição financeira ter sido pouca,nunca me faltou amor. Mas agora, oque eu faria?
Me despedi dos meus pais e dois dias depois aconteceu o velório. A cidade toda estava no local, obvio, pois era um local bem pequeno e humilde e meus pais eram amados por todos ali. Minha mae sempre ajudava nas festas da escola e meu pai era muito amigo de todo mundo. Sempre estavam ajudando todo mundo e bem, eu fiquei feliz de ver tanta gente ali por eles.
Após uma semana dormindo e chorando na casa vazia, sem meus pais, só com Bili, recebi uma carta. A carta dizia :Oi minha neta. Eu sou seu avô Alfredo. Você ainda não me conhece, mas sou pai da sua mãe biológica que infelizmente não está mais entre nós. Recebi a notícia do diario de adoção que seus pais adotivos faleceram, e então ao que descobri, estou com a sua guarda ate seus 18 anos. Amanhã um carro irá aparecer ai pra te levar ao avião e vir de encontro a mim. Estou morando em Buenos Aires e aqui será sua nova casa. Te espero florzinha.
Engoli a seco depois de ler a carta. Como assim avô? Buenos aires? Mãe biológica falecida? Era muito pra minha cabeça,muito pra analisar,muito para pensar... mas eu tinha que ir. Tinha porque não podia morar sozinha em uma casa que não era minha. Tinha porque tudo ali lembrava meus pais e eu não queria mais ficar mal por isso.
Na manhã seguinte o carro parou enfrente a fazenda. Dei meu cachorro bili pra uma amiga minha cuidar,ja que não saberia oque me esperava e ele precisava de atenção tanto quanto eu precisava.
Entrei no carro que foi direto para o aeroporto e logo depois direto a buenos aires,que por sinal era uma cidade bem bonita.
Cheguei enfrente a mansão benson Sim,uma mansão. Pra quem morava em uma mini fazenda, aquila casa era basicamente do tamanho da cidade inteira onde eu morava.
O portão era automático, então assim que cheguei perto do mesmo,ele se abriu e logo vieram vários empregados ao meu dispor. Pera,como assim,empregados??oque eu não sabia de tudo aquilo,era que a minha verdadeira família era rica. Na verdade, aquela casa enorme só tinha meu avô, empregados e muito espaço. Só isso.
Eu não sabia nem oque fazer. Entrei na casa e o vi pela primeira vez sentado na sala com seu café e fotos espalhadas por todo lugar.
--- senhor alfredo???
--- florzinha,você finalmente chegou...
Ele me abraçou tão forte, que eu senti seu cheiro de pertinho e fiquei mais emotiva e me pus a chorar. Tudo era muito pra mim e eu não sabia nem oque dizer,oque fazer,como fazer...
Ficamos ali conversando por umas horas e ele tentou me contar a história toda e como sou meio lenta nas coisas, nem tudo eu lembro ate agora.
Subi as escadas a procura de meu quarto para me instalar e notei o quão grande era.
Sentei na cama, abri a maleta onde tinha a foto de meus pais. Peguei meu diário e colei a foto deles ali e na página ao lado escrevi "Recomeço ". Fechei o diário, coloquei encima da mesinha que tinha ao lado e deitei na cama. Chorei até dormir.Ps: decidi presentear a vocês, uma história linda que escrevi há bastante tempo. Lembrando que continuarei postando sempre a Looking for the way. Então fiquem de olho nela lá ♡
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És el amor - Lutteo
FanfictionAos 16 anos , Luna Valente perde seus pais em um acidente de carro. Um mês depois, adotada por seu avô, teve que ir morar com ele na cidade grande e só poderia sair de lá ao completar seus 18 anos. Assim que chega no seu novo país, se depara com um...