MAGIA| Onde Klaus encontra em Cassandra sua tão sonhada companheira. Ou onde Cassandra encontra em Klaus um abrigo.
Ela foi usada ainda bebê em um ritual a uma deusa pagã, e hoje ela vive com as consequências disso, todos querem mata-la. Contudo Kla...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Cassandra acordou assustada e suada do pesadelo. Ela então se permitiu chorar mais uma vez. Ela daria tudo para ser uma garota normal, qualquer coisa.
Ela nunca tinha paz, nunca era ela mesma. Sua vida foi pular de um lar adotivo para outro, quando a família que o acolheu via de perto sua loucura eles sempre a devolviam. Isso se passou até seus dez anos onde Henrik a encontrou e a adotou. Henrik lhe explicou tudo sobre o mundo sobrenatural que até então era desconhecido para ela, lhe contou como ele descobriu sua existência e o que ela era para o mundo sobrenatural.
Apesar de achar por alguns segundos o que o homem dizia impossível, Cassy entendeu. Ela não havia escolhido isso, ela nunca escolheria nada em sua vida. Ela era um receptáculo, Cassandra havia nascido para isso ser um receptáculo, uma urna ou qualquer coisa que pudesse abrigar um espírito poderoso dentro do corpo. Sua mãe nunca a quis, pois era isso que ela era. Uma coisa descartável na qual todos podem jogar fora quando não lhe servir mais.
Por isso ela sempre estava fugindo, quando o Coven da tríade a encontrar eles darão um jeito de matá-la e se livraram do Espírito pagão dentro de si. Apesar de já ter desistido de tudo em sua vida, Cassandra fazia isso apenas por seu tio Henrik. O Homem tinha traído seu próprio povo para cuidar dela e a manter a salvo. Não poderia desapontar a única pessoa que se importou com ela na vida.
Ela estava com medo, a meses seu tio não dava sinais, ele sempre ligava ou mandava uma mensagem por noite, ela não queria acreditar, contudo os pensamentos ruins continuavam a rondar seu coração. Por que além da tríade bruxa, ainda tinha uma organização criminosa humana, uma empresa farmacêutica famosa por seus experimentos com humanos e que agora estava atrás dela para continuar sua pesquisa sobre Ceres. A maldita deusa pagã que estava encravada dentro de si.
Ela suspirou secando as lágrimas jogando o cobertor para o lado com raiva. Era sempre a mesma coisa, até quando sua vida iria ser assim? Até quando ela iria desmoronar? Cassandra passou as mãos por seus longos cabelos loiros desembaraçando algumas mechas.
Ela olhou para a janela do quarto observando quando um corvo se chocou contra o vidro, deixando um rastro de sangue pelo vidro. Ela sentiu um arrepio subir sua espinha e engoliu seco. Ela não gostava de corvos, eram sempre maus presságios.
Ela então sabia que algo de ruim estava vindo.
Vindo diretamente para ela.
Levantando da cama ela se preparou para mais um dia perdido no Instituto Salvatore.
Um dia como os outros. Cinza.
[...]
— E lá vem ela, a garota esquisita… — Lizzie Saltzman murmurou olhando com seus grandes olhos azuis a adolescente de longos cabelos loiros passar por elas se direcionando ao lugar mais longe do refeitório da escola Salvatore.
