-'𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭. 𝟐𝟐'-

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-•🥀𝐌𝐞 𝐝𝐢𝐳 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨🥀•-


O dia estava calmo, não estava muito frio como dias atrás, estava até mais quentinho e isso as vezes era bom.

Hoje seria a primeira sessão de terapia de Luna, ela já estava acordada desde as 5 da manhã, ela mal dormia esses últimos dias, mal comia, e ela mal falava com Aidan e as outras meninas.

Ela achava que incomodava na maioria das vezes. O ruim de ser uma pessoa tímida é que você tem inseguranças para puxar assunto ou até mesmo amigar com alguém, e isso acontecia repentinamente na vida de Luna.

Sempre fugia nas horas vagas na escola, ela tentava não falar muito com Aidan, apesar que ele passou a vir quase todos os dias na casa dela por causa de Camily, mas Luna sempre tava trancada no quarto, no seu mundinho.

Mas ela não parava de pensar por que ela tinha feito aquilo, ela queria aquele beijo, e como queria, nem ela entendeu por que ela ter feito isso, e agora, o cara que ela "amou" nem olha mais pra ela.

[...]

Luna tinha que ir na psicóloga e no médico no mesmo dia, ela mal tomou café pela manhã, e agora estava saindo do hospital junto com Tony.

- Como foi? - Tony tentou puxar assunto, minutos depois.

- A eu.. não sei. - olhou para a janela.

- Eu te devo desculpas pelo o que eu fiz, eu deveria ter te conta do sobre a Camily.

- Por que ela veio pra cá?

- A mãe dela teria que fazer uma viagem a trabalho, entende?

- Sim, e tudo bem, você tinha seus motivos. - sorriu e ele retribuiu.

Não trocaram uma só palavra até chegarem em casa, mas não tava um silêncio desconfortável. Não demorou muito para eles chegarem, Tony não podia ficar pois ainda tinha que trabalhar, e como já era 9 horas Luna não ia para a escola.

Luna e despediu de Tony e logo entrou em casa, Luana havia saído e Camily também, então ela estava sozinha. Ela subiu pro seu quarto e olhou em volta, deixou sua bolsa em cima da mesinha e entrou no banheiro.

Ficou de frente pro espelho e tirou sua blusa, jogando ela em um canto do banheiro. Seus olhos castanhos claros fixos no espelho, era seu pior inimigo naquela hora, ela olhava cada canto do seu corpo, e viu o quão magra ela estava.

Algumas lágrimas insistiram em cair, pois ver que seu corpo não estava como antes por uma atitude estúpida sua a machucava, ela estava ali, olhando cada detalhe dela, cabelo, cintura, bochecha, ombros, cada detalhe, ela sentia nojo de si mesma.

Colocou sua mão na sua boca tentando abafar o choro enquanto seus olhos ainda estavam fixos no seu corpo , a vontade dela era de socar aquele espelho, mas não fez para não dar explicações depois.

Uma tentativa falha de tentar se acalmar e tomar remédio para ansieade não iria adiantar, ja fazia um tempo que ele não funcionava mais. Então ainda chorando, ela entrou no box do banheiro, ligou o chuveiro e deixou na água fria.

As gotas de água escorriam pelo seu corpo e as lágrimas se misturavam, ela nunca se sentiu tão sozinha como estava se sentindo agora. Ela só queria ser amada de verdade, sentir afeto e carinho, como era antes de seu pai morrer.

Todas as lembranças veio a tona em sua mente, boas e ruins, lembrou do seu aniversário de 6 anos, que tinha sido um dos melhores, no dia da morte de seu pai, quando ela conheceu Gustavo e no dia que ela descobriu quem era ele e o que ele fazia, no dia em que ela veio para Toronto, as lembranças não paravam e as lágrimas também não.

𝘛𝘩𝘦 𝘤𝘰𝘭𝘰𝘳 𝘰𝘧 𝘺𝘰𝘶𝘳 𝘦𝘺𝘦𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora