🦋CAPÍTULO 6🦋

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Jungkook avançou com o carro por uma alameda larga e parou em frente à entrada do château de Trissac. Sohyun deixou escapar um suspiro de espanto ao ver o tamanho do castelo, com torreões e tudo mais. O imenso edifí­cio, com a porta embutida sob uma abóbada estriada de pedras, era imponente.

Depois que recobrou o fôlego, ela protestou:

— Você podia ter me avisado. O vestido que estou usando não é nada apropriado para a ocasião.

Jungkook a tranquilizou:

— Não há família mais despretensiosa que essa, e você já conhece todos.

Era verdade. Ela conheceu os pais de Nayun no hospital, e ficou tão feliz quanto eles ao saber que a moça seria poupada de uma cirurgia extremamente delicada.

Havia carros de luxo estacionados por perto, e, quando Jungkook abriu a porta para Sohyun, um empregado apareceu e os saudou com um sorriso cordial. Disse que a família e os convidados estavam na piscina, e que todos esperavam que monsieur Jeon se reunisse a eles. Seu olhar para Sohyun foi de admiração.

Jungkook e Sohyun atravessaram o pátio lateral e passaram por um portão de ferro. A parte dos fundos do castelo tomava sol quase o dia todo, de modo que era ideal para a construção de uma piscina.

— Há muitos convidados? — ela perguntou, quando passa­ram por um caminho margeado por canteiros de rosas.

— Apenas uma tia e duas primas. Não se preocupe.

— Alegro-me por isso. Você não contou a Nayun que me pediu para cuidar dela, contou? Porque eu não vou fazer isso.

A expressão de Jungkook era de irritante indiferença.

— Não? Estou surpreso por você recusar uma sugestão dessas. Ela talvez só precise de algumas semanas, e você poderá fazer muito para ajudá-la a recuperar a confiança de antes.

Sohyun teimou:

— Ela já tem os pais e você.

— Eu? Ah, sei a que se refere. Está pensando em termos profissionais. Por outro lado, você e Nayun têm uma espécie de laço que as liga.

— Que tipo de laço?

Antes que ele respondesse, chegaram a uma piscina de forma retangular, cercada de palmeiras e grandes vasos de flores. Havia espreguiçadeiras e mesas cobertas com guarda-sóis em volta dela. Um grupo de pessoas tomava sol na outra extre­midade, e eles ainda não tinham sido vistos.

Sohyun sentiu a mão de Jungkook em seu braço quando iam descer os degraus.

— Escute, agora não tenho tempo para explicar, mas gostaria que você pensasse melhor. Como pode ver, isso aqui é lindo.

Ele apertou os dedos em seu braço ao descerem os degraus. Então, seu pé escorregou e Jungkook a abraçou com força, impe­dindo que caísse.

Agora tome cuidado. Venha, vou segurá-la até o fim da escada.

Sohyun não conseguiu mais olhar para ele, e teve que suportar o braço até o último degrau. Seu corpo parecia em chamas, como sempre que Jungkook a tocava.

— Tem certeza de que não se machucou? Lamento ter pre­cisado ampará-la com tanta força.

— Estou bem, obrigada — murmurou ela, sem olhá-lo. Suas pernas continuavam a tremer, forçando-a a tomar cuidado para não escorregar de novo.

Uma moça se levantou para recebê-los: era Nayun, ainda mais bonita do que Sohyun se lembrava. Embora não fosse alta, tinha pernas compridas e cintura fina. A luz do sol brilhava nas ondas castanhas de seus cabelos.

 ᴀᴍᴏʀ sᴇᴍ ᴄᴀsᴀᴍᴇɴᴛᴏ ☪ ʲᵘⁿᵍˢᵒOnde histórias criam vida. Descubra agora