Sohyun chegou a Paris mais amadurecida. Encontrar Jin foi de grande utilidade contra o romantismo. Mas Paris era romântica sob qualquer ângulo. Andar pelos Champs-Elysées, e apenas isso, bastava para enternecer sua alma e despertar fantasias.
Ela estava em um hotel, que ficava num ponto bem central e tinha preços razoáveis. Comprara um livro de francês, e procurava agora retomar a prática da língua, tomando um drinque num ensolarado café dos Champs-Elysées.
O Hospital Real e Jin eram uma lembrança distante e um tanto nebulosa. A única imagem nítida que guardava era a de Jungkook. Sentia falta dele; falta de seus olhos escuros e irônicos, das mechas de cabelo escuro que lhe caía na testa, da sua voz bonita e profunda. Sentia, antes de tudo, falta da sua proteção que, às vezes, a enfurecia.
Sohyun foi arrancada dos seus pensamentos por um homem jovem e de olhar maldoso que perambulava por perto. Baixando os olhos para não incentivar uma aproximação, ela tomou o resto da bebida e resolveu procurar Eunwoo.
A casa dele ficava perto de Pont Neuf, era antiga e tinha janelas azuis. Sohyun tocou a campainha, e um homem de cabelos grisalhos lhe explicou que Eunwoo havia se mudado, mas deixara um número de telefone.
Como já tinha passado da hora do almoço, ela decidiu fazer um lanche e esperar até o jantar.
Depois de passear a tarde toda, Sohyun retornou ao hotel e ligou para Eunwoo. Nenhuma resposta.
Não atenderam quando telefonou para Eunwoo de novo, à noite.
Mas, só pela manhã, uma mulher de voz sedutora atendeu em francês, e Sohyun caprichou:
— Monsieur Cha Eunwoo, s'il vous pleât. Fala Kim Sohyun.
Houve uma pequena pausa, depois soou a voz de Eunwoo.
— Sohyun! Mas que maravilha! Como você está, e de onde está falando?
— Do meu hotel, aqui em Paris. Você não recebeu meu email?
— Sinto muito, mudei de endereço fisíco e eletrônico. Eu pretendia avisar. Escute, esteja no Café de La Paix ao meio-dia. O recepcionista do seu hotel lhe dirá onde fica. Até lá.
Ao meio-dia, ele a esperava no local indicado. Era um rapaz de estatura média, cabelos escuros e olhos castanhos. Um sorriso de boas-vindas iluminou suas feições, e ele segurou as mãos de Sohyun para mostrar sua alegria.
— Você está mais linda do que nunca. Venha, sente-se e me conte o que faz em Paris.
Eunwoo a conduziu a uma mesa da calçada e sentou-se diante dela com um sorriso afetuoso. Sohyun ficou radiante.
— Vim lhe fazer aquela visita que prometi. E a pintura, como vai?
Ele pediu cerveja para ambos, antes de responder:
— Mais ou menos. No começo foi difícil. Há muita concorrência aqui em Paris. Mas agora as coisas estão melhores.
— Como assim? Algum milionário comprou seus quadros?
— Não, não tive tanta sorte. É que agora sou o protegido de uma pessoa. — As bebidas chegaram e ele ergueu o copo. — À sua saúde, meu bem.
Sohyun também brindou e tomou um gole da bebida.
— Você quer dizer que arrumou um patrocinador?
Eunwoo esvaziou metade do copo.
— Uma mulher rica — corrigiu, fazendo-a lembrar-se da voz feminina ao telefone.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ᴀᴍᴏʀ sᴇᴍ ᴄᴀsᴀᴍᴇɴᴛᴏ ☪ ʲᵘⁿᵍˢᵒ
أدب الهواة𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯© ●─── 𝙅𝙪𝙣𝙜𝙠𝙤𝙤𝙠 não prometeu casamento a Sohyun, apenas noites quentes de paixão. "Você nunca vai descobrir as vantagens do amor se apenas se preocupar com a segurança de um casamento." As palavras dele martelavam na cabe...