Capítulo 10

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⚠️: Menção ao tráfico.

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Abro meus olhos.

Levanto e vou tomar banho, já era tarde, vou até a varanda enquanto pego meu celular, discando o número de Armin.

— Boa tarde, S/N. - Consigo imaginar ele ainda sentado na cama enquanto ouvia o mesmo bocejar.

— Bom dia, Armin. Como está? — Encaro a paisagem e olho para o mar, lembrando dos meus bons momentos com o loiro.

— Bem. E você?

— Tranquila. Sasha já deu notícias? — Mesmo sabendo que seria a mesma resposta.

— Não. Continua desaparecida. — Já imaginava. — Hange passa na sua casa as vezes, mas nunca tentou arrombar a porta nem nada.

Aquilo era novo, fazia poucos meses que eu estava me escondendo deles.

— E o Springer?

— Morto. Encontraram um corpo, provavelmente dele. — Sua voz estava carregada de culpa. — Eu ainda não entendo o que aconteceu.

Depois que descobri a verdade, fugi logo após Connie sair do quarto.

O mais estranho é que eu estava vulnerável o tempo todo, mas ela nunca pensou em fazer nada.

Mas ainda me assustava.

Decido ir a praia, era logo a frente de casa.

Eu morava em Copacabana, no Rio de Janeiro, Brasil, fazia quase 2 meses.

Armin veio comigo, mas teve que voltar para ajudar nas investigações do suposto assassinato do Connie.

Eu nunca falei pra ele sobre o que havia acontecido, apenas disse que precisava de um tempo pra mim.

Vesti meu biquíni e logo abro a porta do apartamento, percebo uma grande silhueta em minha frente. Estava escurecendo, eram 17:30 e as luzes estavam desligadas.

— S/n. — A voz era familiar e quanto mais a pessoa se aproximava, mas eu conseguia lembrar.

— Levi Ackerman. Traficante de drogas, pessoas E órgãos? Que ironia te ver logo aqui. — Percebo que ele esboçava uma expressão de desprezo. Me arrependo pelo o que digo, mas não falo nada.

— Qual seu problema? Por que fugiu? — Sua voz sai com tom de frustração, o que me preocupou dada a situação em que me encontrava.

— Bem, o que você quer vender primeiro? Meu rim? Meus olhos? Meu coração? — Minha voz entregava que eu choraria logo.

— Que merda, Springer que te falou? Aquele vagabundo vai morrer. — Ele diz baixo, mas o suficiente para eu ouvir.

— Ele está vivo?

— É óbvio, você acha que eu deixaria meus peões morrerem assim? Você acha que eu sou o que? Burro? — Quase como um sussuro. — Cala sua boca, senão quem vai morrer é você.

— O que você veio fazer aqui? — Pergunto devolvendo o tom ameaçador.

— O que você acha? Vim buscar a putinha que minha irmã tanto ama. — Sou fuzilada pelo olhar do menor.

Saber que a Hange me amava era bom, mas eu ainda não confiava em suas palavras, eu realmente a amava, mas perdi a confiança.

— E o que te faz crer que eu vou aceitar ir com você? - Percebi a situação em que estava. — Como caralhos você me achou?!

— Porra, você acha que sua namoradinha ia aceitar que você fugisse assim? Aquela idiota te livrou de 6 cicatrizes e talvez até da morte. Ela colocou todos nossos homens pra trabalharem, dia e noite, atrás de qualquer informação. — Interrompi.

𝐁𝐞𝐟𝐨𝐫𝐞 𝐀𝐧𝐲𝐨𝐧𝐞 𝐄𝐥𝐬𝐞 - 𝐇𝐚𝐧𝐠𝐞 𝐙𝐨𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora