Capítulo 11

970 84 55
                                    

⚠️: Assédio sexual, Menção a Blood Kink, Armas e morte.
--

— Como foi sua primeira vez...matando alguém?

— Normal. Eu fiz ela se interessar por mim, dopei e roubei o rim. Logo depois, apenas fiz cortes por todo seu corpo, era excitante. — Sua mão vai até a nuca, enquanto coçar e faz careta. Hange ainda não sabia como "normalizar" o fato de ser uma assassina.

De fato, ainda era uma surpresa saber que ela realmente gostava de ser aquilo.

Óbvio, eu estava assustada e isso era quase um suicídio.

Eu gostava de uma assassina que matava por dinheiro e prazer.

— Você está realmente bem com isso? Pode sair se qu... - Interrompi.

— Estou. Obrigada. — Solto sem olhar em seu rosto.

— Você sabe que me dar um gelo, só vai fazer você não entender absolutamente nada do que está acontecendo, né?

Era quase como um sussurro, ela estava desesperada e isso era nítido em seu rosto.

Eu estava arrancando a coisa mais preciosa que ela havia conquistado.

— Aquela cicatriz... — Ele hesita. — Um cara tentou me estuprar, quando eu era menor. Papai e Levi estavam assistindo TV enquanto eu estava no laboratório. - Percebo o desconforto do mesmo. - E quando eu tentei revidar e bater nele, acabei batendo na mesa que estava com frascos, por sorte secos. E ele me jogou em cima do vidro quebrado. Mas, só um pedaço entrou e feriu de verdade, e deixou essa cicatriz. Sabe quem costurou e cuidou do machucado? O Levi. E eu sou muito grata a ele.

— Por que está me contando isso? - Sussurrei, ainda sem entender.

— Por que esse cara foi o mesmo que está atrás de você. Pixis. Por mais durão que o Levi finja ser, ele realmente está preocupado em te deixar viva. Então se você ainda acha que nós queremos te matar, tudo bem. Mas não diga que nós somos só Médica e Paciente, porque não somos. E que eu e Levi te queremos morta, porque se quiséssemos, você não teria fugido.

— Você não tinha caído do muro? — Pergunto.

Ah, claro. Como se ele tivesse mentido só sobre aquilo.

— Eu realmente cai. Mas só bati a cabeça, então dá no mesmo.

Seu corpo estava longe do meu, estávamos sentados aos extremos de cada banco, não conseguia imaginar como era ainda ser amada por ele.

— Sabia que quando eu estava na faculdade, eu e meu ex-namorado usávamos lâminas e agulhas nas relações? Na verdade, ele obrigava a me submeter a isso. E eu tinha medo de te obrigar a entrar nas minhas fantasias sexuais, e fora que uma hora eu teria que te contar a verdade, e esse Blood Kink te assustaria mais.

Ele tinha razão.

— S/n, desculpe se te obriguei a algo.

— Não me obrigou a nada, relaxa. — Eu estava calma, ainda desconfiada, mas eu já teria localizado todos os possíveis lugares onde facas poderiam estar escondidas. — Mas, até quando vai esconder esse revólver na sua calça?

𝐁𝐞𝐟𝐨𝐫𝐞 𝐀𝐧𝐲𝐨𝐧𝐞 𝐄𝐥𝐬𝐞 - 𝐇𝐚𝐧𝐠𝐞 𝐙𝐨𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora