capítulo sete

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Boa leitura!

Eu escalaria todas as montanhas
E nadaria todos os oceanos
Só pra estar contigo
E consertar o que quebrei
Oh, porque eu preciso que você veja
Que você é o motivo.


Um homem, que aparentava ter uns 40 anos de idade, adentrou a sala do rei com um sorriso vitorioso em seus lábios. Ron estava sentado no fundo da sala, em seu trono real, como sempre, e tentava manter um sorriso amigável mesmo que estava queimando de ódio por dentro.

- Vossa majestade, eu estava me perguntando quando você mandaria me chamar.- O homem disse, fazendo uma leve reverência a figura de autoridade em sua frente.

- Simon Watson, é sempre bom vê-lo.- O rei cumprimentou, ainda forçando o sorriso. O tal Simon sorriu também, pensando que o “É sempre bom vê-lo” era a maior mentira que já ouviu o rei dizer.- Eu gostaria muito que pudéssemos tomar um chá e conversar sobre futilidades, mas mandei chama-lo porque é urgente.

Resumindo toda a história: Simon Watson era um dos homens mais ricos da região e Ron precisava muito do apoio financeiro de seu “velho amigo”. Tinham se estranhado muito durante a vida, pois Simon almejou aquele trono por um longo tempo. Desde que eram jovens, o senhor Watson achava qu Ron não era digno de sentar naquele trono e ele não escondia o que achava. Pedir ajuda para o homem era uma maneira de ferir o orgulho de Beauchamp, mas era sua última opção.

- Sabe que não posso simplesmente entregar meu dinheiro assim...preciso de algo em troca.- Simon colocou suas mãos atrás das costas e começou a andar de um lado para o outro, como se pensasse em algo.

- E o que seria? – O rei perguntou, rangendo os dentes.

- Na noite do baile, eu vi um rapaz no canto do salão, ele tinha cabelos castanhos e os olhos verdes. Quem é ele? – Questionou.

- É um hóspede do meu filho.- Respondeu, não entendendo muito aonde o outro homem queria chegar com isso.

- Eu quero ele.

-X-

- Seu principezinho trapaceiro! – Noah esbravejou quando percebeu que Edward estava trapaceando no jogo de xadrez.

- Podemos ver claramente que é você que não conhece as regras do jogo.- O príncipe disse com toda a calma do mundo, mas no final deu um sorrisinho que queria dizer que ele estava mesmo trapaceando.

- Eu vou fazer você engolir as peças do jogo. Venha aqui! – Urrea levantou-se e Edward Beauchamp correu.

Os dois correram no jardim por algum tempo até cansarem. Minutos depois alguns guardas surgiram e atrás dele estava um homem sorridente montado em um cavalo. Noah nunca tinha o visto, e se tivesse, provavelmente não se lembrava. Mas o homem tinha toda uma aura de autoridade ao redor de si. Os guardas se posicionaram perto de Noah, que estranhou a ação, e agarraram seus braços.

- Venha conosco.- Um dos guardas disse e começou a puxa-lo em direção ao homem que estava no cavalo.

- O que estão fazendo? Soltem-o.- Edward Beauchamp entrou no meio, empurrando um dos guardas e segurando um dos braços de Noah.- Ele é um hóspede aqui, não pode tratá-lo assim. Vou me certificar de que o rei fique sabendo disso.- Apontou na cara dos guardas, com toda a autoridade de príncipe que tinha.

- O rei já sabe disso. Inclusive, foi ele que me deu permissão.- O homem no cavalo se aproximou e disse. Noah estava tentando entender que merda estava acontecendo ali naquele momento, mas todo o seu corpo tinha travado.

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