Boa leitura!
Estou prendendo minha respiração.
E olhando para você.
Como se o mundo tivesse parado.Noah Urrea simplesmente odiava coisas como piscina, lagos, rios e mares. Estar em lugares com certa profundidade não era uma de suas coisas favoritas. Talvez esse ódio tivesse começado quando tinha seus dez anos. Havia um clube novo na cidade, nas férias de verão, as crianças e adolescentes se reuniam naquele lugar onde podiam brincar na água o dia inteiro.
Tudo que o rapaz se lembra é de estar brincando com Linsey, quando ele caiu na piscina. Pensando que o irmão estava brincando, ela se sentou na cadeira e ficou observando Urrea "brincar de afogar". Linsey só foi perceber a gravidade da situação quando o salva vidas pulou na água para salvá-lo, e tirou da água um Noah desacordado, com os lábios roxos e a feição pálida. O rapaz se lembra com clareza da feição assustada da garota e o tanto que ela chorou lhe pedindo perdão depois do acidente. Linsey acreditava que tinha falhado como irmã mais velha, e se viu assombrada para sempre com o que poderia ter acontecido com seu irmão por sua casa.
Depois de sua experiência de quase morte, Noah decidiu que não chegaria perto de lugares onde poderia se afogar. E jamais faria sua irmã passar por algo assim de novo.
Naquele momento, ele abriu seus olhos, ainda dentro da água. Com toda a força que tinha sobrando, nadou até a superfície. Quando finalmente conseguiu emergir, respirou profundamente tentando trazer ar para os seus pulmões. Estava no meio do rio, sendo levado pela forte correnteza. Noah achou ser um milagre que ele ainda tinha forças para nadar para fora do rio. Deixou suas costas baterem contra a terra firme e suspirou pesadamente.
Nem conseguia acreditar que estava vivo. Por um momento, dentro da água, ele realmente achou que tinha morrido. Não conseguiu sentir absolutamente nada e seu corpo estava leve. Depois que a tontura passou, Noah sentou-se e procurou a ponte da qual tinha caído, mas não encontrou nada. "Droga! Fui arrastado pela correnteza mais longe do que eu tinha pensado.", pensou.
Ouviu um barulho de passos na floresta atrás de si e se levantou rapidamente. Talvez fosse ajuda ou talvez fosse um urso vindo para devôrá-lo. "Hoje não, urso maldito!", pensou enquanto pegava um pedaço de madeira preparado pra arrebentar o que quer que saísse do meio daquelas árvores. Noah definitivamente não estava tendo um bom dia, e estava tão irritado que o que quer que viesse o devorar também teria um dia daqueles.
Porém, o que saiu da floresta não foi um urso, um leão ou tigre. Foi um adolescente, de no máximo dezesseis anos, vestindo roupas estranhas e correndo como se sua vida dependesse disso. Atrás dele vinha um homem que deveria ter três vezes o seu tamanho, carregando uma faca na mão. O homem acabou encurralando o jovem perto de algumas pedras do rio.
Urrea até pensou em correr na direção oposta e evitar mais problemas. Ele realmente pensou. Porém, havia alguma coisa nele que fazia com que fosse impossível evitar se meter no assunto dos outros. Quando viu já estava correndo com seu pedaço de madeira em direção ao homem. Entrou na frente do adolescente, que estava meio encolhido no canto.
- Olha aqui, meu senhor! Não sei o que caralhos está acontecendo aqui, mas perseguir alguém com uma faca é crime.- Falou, apontando o dedo na cara do homem, que de perto parecia ainda mais assustador. Ele tinha uma grande cicatriz em sua bochecha esquerda e parte do seu lábio estava cortada.- Ainda mais uma criança.- Apontou para o garoto atrás dele.
- Eu não sou uma criança! - O garoto reclamou e Noah só faltou dar uns tapas nele.
- Eu tô tentando resolver isso aqui, então fica quie...- Urrea só foi perceber que era uma má idéia dar as costas para uma pessoa com uma faca quando o objeto afiado tocou suas costas. Ele engoliu em seco.
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Somewhere Someday || N.B
Fanfic[CONCLUÍDA] ADAPTAÇÃO AUTORIZADA Noah Urrea é um rapaz que não acredita em muitas coisas, na verdade, há poucas coisas nas quais ele acredita, e uma delas é que ele está sofrendo de um terrivel karma. Pois està passando por uma das piores fases de...