𝑶 𝑻𝒓𝒐𝒄𝒐

Capítulo 5

Acordo pela manhã com as luzes do sol acariciando minha pele... então, olho ao meu lado e vejo Eduardo ainda em sono profundo.

-Meu Deus! Como ele dorme, logo ele foi acordando...

-Bom dia meu anjo!

-Bom dia gatinho!

Ele beija o meu ombro, num jesto de carinho.

" Dormiu bem?" Ele pergunta.

" Melhor o possível!" Ele abre um sorriso e me beija calmamente.

Nosso beijo foi se intensificando, a sua mão foi para a minha cintura.

Ele me puxa para perto dele e minhas mãos vão para o seu pescoço.

Mais para o meu azar alguém bate na porta do apartamento de Eduardo.

Nos separamos e franzi o cenho confusa.

" Está esperando alguém? " Perguntei e ele negou com a cabeça.

" Deve ser algum problema, vou resolver. Já volto " Ele me dá um beijo nos lábios e se levanta saindo do quarto.

Me ajeito na cama, então só percebo que estava vestida com uma enorme brusa azul que cobria as minhas coxas.

Certamente era de Eduardo.

Pela demora me levanto e coloco o meu short jeans, mais continuo com a blusa de Eduardo. O seu cheiro estava nela e era viciante. 

Saio do quarto em passos devagar e ouço uma discussão.

" Eu só quero saber onde você estava! Sabe quantas vezes eu te liguei!? Tem noção do quanto fiquei preocupada!? " Ouço uma mulher dizer, e rapidamente reconheço a voz. Era Penélope. Que merda!

" Meu celular deve ter descarregado, como vou advinhar quando você irá ligar? " Eduardo diz.

" Sou sua namorada! Eu sempre vou ligar! " Sua voz irritadiça era notável.

" Para com isso Penélope " Eduardo diz com a voz cansada. " Acabei de acordar, fiquei a noite inteira trabalhando, estou cansado! "

" Oh! Coitadinho, quer que eu prepare algo para você comer? " Sua voz agora era carinhosa

" Não, só quero que você pare de arrumar confusão sem motivos "

" Eu te amo e me preocupo com você, agora que somos noivos, isso tudo se intensificou ainda mais "

Ouço um estalo de beijo e sinto meu estômago embrulhar.

Eu fui totalmente enganada e usada por esse cara.

Droga! Como vou sair daqui?

Me viro rápido atrás de uma porta ou janela, mais não havia nenhum lugar para sair.

Me encosto na parede mais um vaso de flores cai no chão fazendo um barulhão.

" Que barulho foi esse? " Ouço passos até mim e apenas permaneço parada.

" O QUE ESSA VAGABUNDA ESTÁ FAZENDO AQUI!? " Penélope pergunta gritando

-Você me traiu com a vendedora da loja? Penélope diz furiosa, com sangue nos olhos.

- Não, eu não te trai. Você sabe que eu eu te amo, não sabe?

-Agora eu não sei mais, enquanto eu estava preocupada com você, era com ela que você transava... oque eu te fiz? Por que fez isso comigo?

-Vem cá sua piranha vou te dar uma lição, irá trabalhar sem cabelo...

Eduardo segura Penélope, e ela se contorce em seus braços querendo voar em Dany

Estou com raiva, estou me mordendo de raiva.

Estou com raiva de mim mesma por ter caído no golpe de Eduardo.

Fecho as minhas mãos em punhos, ele deve estar rindo de mim por dentro.

Sem pensar vou até Eduardo e dou um tapa forte em seu rosto.

" Seu desgraçado, canalha, ordinário! " Grito em seu rosto.

" Você falou oquê!? " Penélope diz com a voz alterada.

" Você me ouviu! " Empurro Eduardo e vou pra cima de Penélope com tudo.

Dou um tapa, depois outro.

Ela puxa os meus cabelos e grito de dor, puxo os seus também.

Eduardo se mete no meio de nós duas e nos separando.

" SUA PUTA! VOCÊ É UMA QUALQUER, QUE NUNCA IRÁ TER ELE! "

" E QUEM DISSE QUE EU QUERO ELE!? PRA MIM ELE É UM LIXO AMBULANTE " jogo os meus cabelos para trás.

" Invejosa! Tá vendo isso aqui?" Ela levanta a mão e vejo um anel de noivado. " Pois é, ele vai casar comigo, não com você!"

Eduardo me olha confuso e diz...

- Casar? Não vai ter mais casamento, eu não gosto de você como eu gostava antes. Você é uma outra mulher.

Penélope com raiva, voa em Eduardo...

Seu cafajeste, canalha, que tipo de homem você é? Ah! Já sei! Safado. Isso que você é

Aproveito que ambos estão distraídos e passo saio em silêncio até a porta da frente.

Corro pelo corredor até encontrar um elevador, assim que o chamo.

As portas se abrem e adentro no mesmo.

Me encosto no elevador e respiro fundo.

O que foi aquilo? Que humilhação.

Me sinto uma destruidora de lares