Stone- Vinnie Hacker

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E aqui estou eu, na frente da casa onde está decorrendo essa tal festa. A minha ansiedade já está a trabalhar!

Ok, Pietra, respira fundo, você vai conseguir!

Eu não vou conseguir!

Vai sim! Vai entrar dentro dessa merda de casa e vai ser uma pessoa normal!

COMO É UMA PESSOA NORMAL?!

Não sei só vai!

Ok, é agora!

Dirigi-me até à entrada da casa e entrei. Senti logo um cheiro horrível de bebidas e... maconha?!

Eu sou anti social, então nunca utilizei drogas ou algo do tipo porque não conheço ninguém que me venda isso. A unica coisa que tomo é os meus comprimidos para as dores de cabeça.

Decidi dirigir-me para a cozinha onde peguei uma bebida qualquer.

Saí do local e entrei em outro comodo que parecia uma sala de convívio só que cheia de pessoas bêbadas, a dançar e a beijarem-se.

Vi um sofá  vazio de longe e decidi me sentar lá. Tentei passar por entre as pessoas aos empurrões. Consegui ouvir algumas pessoas falando coisas como "Olha a esquisitona", "Ela numa festa? Devo estar sonhando!"  ou "Oi gata" "Comia você todinha". 

Que nojo!

Quando finalmente cheguei no sofá ele já estava ocupado por um grupo de garotos!

Nesse momento já estavam a cair lágrimas de desespero dos meus olhos sem nem perceber. Eu não sabia o que fazer eu estava completamente sozinha no meio de um ambiente completamente desconhecido.

Um dos garotos que estava sentado no sofá olhou para mim, mas eu logo desviei o olhar e comecei a correr para a saída daquele inferno, ou pelo menos tentei mas com a quantidade de pessoas que tinha mal conseguia ver a saída.

Quando finalmente saí da casa sentei-me em cima do muro que cercava a casa, não era muito alto. Fique com a cabeça baixa com as maus na cara enquanto chorava.

- Só queria ter aqui o meu isqueiro!- digo baixinho

- Para o quê?

Ouço uma voz desconhecida masculina na minha frente. Levanto a cabeça lentamente e consigo ver o mesmo garoto que olhou par mim dentro da festa.

- Quem é você?- pergunto

- Vincent Cole Hacker.- o garoto estende a mão para me cumprimentar mas eu não retribuo.

- ok- digo simples 

- Porque você está chorando?

- Não é da sua conta!

- Eu sei que não, mas se calhar eu posso ajudar!- diz soltando um sorriso simpático sem mostrar os dentes

- Você está bêbado? E não, você não pode fazer nada.- digo começado a chorar novamente 

- Ei, vai ficar tudo bem.- o garoto diz colocando a mão no meu ombro e acariciando o local. Eu me afasto rapidamente devido ao contacto.

- Não, não vai! Nunca vai ficar tudo bem! Nada vai voltar a ser com era!- digo chorando horrores. 

- Calma, vem cá.- o garoto se aproxima de mim com os braços fortes abertos, cobertos por uma jaqueta preta, tentando me abraçar, ele envolve os braços em meus ombros um pouco desengonçado e ficando um pouco inclinado por causa dos meus joelhos impedindo a proximidade dos nossos corpos.

Não sei como nem porquê, mas aquilo acalmou-me, então abri um pouco as minhas pernas dando espaço para os nossos troncos se aproximarem, juntei mais os nossos corpos e ele fez o mesmo, descendo as mão até minha cintura dando espaço para eu envolver os meus braços em seu pescoço. Ele retribui o gesto apertando mais a minha cintura, me senti segura e consegui regular a minha respiração. Ficamos assim até eu parar de chorar.

- Obrigada.- digo me desfazendo do abraço 

- Viu como consegui ajudar!

- Sim, não sabe o quanto me ajudou! Obrigada!- digo soltando um suspiro junto com um pequeno sorriso sem mostrar os dentes.

- Não precisa agradecer! Quer me contar porque estava chorando?

- Não me sinto confortável para falar sobre isso com um desconhecido, desculpa. Mas quero outo abraço!

O garoto volta a me abraçar enquanto solta uma risada baixa.

- Não tem mal não querer falar sobre, mas não quero que me trate mais como um desconhecido. Já disse o meu nome, qual é o seu?- diz no meu ouvido baixinho me fazendo arrepiar- quer que te leve a casa?- pergunta desfazendo o abraço.

- Me chamo Pietra mas prefiro que me chamem de Petra. A minha tia já deve estar estar dormindo e estou sem chave, então acho que vou andar pelas ruas de Los Angeles até amanhecer. 

- É que não vai mesmo! É perigoso! Você vai vir comigo para a minha casa!- diz indignado com a minha fala

- E você  não acha perigoso eu ir para a casa de um desconhecido?!

- Eu já não sou desconhecido e se você quiser eu passo a localização da minha casa para sua tia e se você desaparecer ela chama a policia à minha casa!

- Ok vou fazer isso!

- A você não confia mesmo em mim?- diz com carinha triste

- Estou zoando! kkk. Ok, eu vou com você!

- Consegui fazer você  rir- diz mostrando a língua enquanto festeja.- já é um avanço.

Não consegui não rir daquela sena.

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