Oi, o meu nome é Pietra González, mas prefiro que me chamem de Petra, era o nome da minha mãe.
A minha mãe era uma pessoa incrível! Era corajosa, bondosa, persistente e muito forte. Eu tinha e tenho um orgulho enorme por ela! Quando era mais nova ela era a minha inspiração e o meu maior sonho era ser com ela.
Eu também era como ela, forte, corajosa, alegre e engraçada, mas desde que ela morreu eu tornei-me uma pessoa frágil, antipática, triste, medrosa, anti social e muito deprimida.
A minha mãe deu-me o nome de Pietra porque significa "firmeza", "pedra", uma pessoa forte e persistente, tal com ela.
Mas eu desiludi-a, tornei-me o contrário do que deveria ser!
Bom, a minha mãe morreu por causa de um câncer nos pulmões, ela lutou muito para melhorar mas nada resultava e acabou por falecer.
O meu pai, ele também morreu. Ele trabalhava fora do país pois nós tínhamos problemas financeiros e era a melhor forma de ganharmos dinheiro. Quando a minha mãe chegou às 38 semanas de gravidez, ele decidiu voltar para estar com a minha mãe quando eu nascesse, mas o avião que ele estava despenhou-se e não ouve sobreviventes, então eu nunca conheci o meu pai.
Fiquei órfã aos 15 anos, então tive de ir morar com a minha tia, irmã do meu pai, já que não queria ir para um orfanato.
No primeiro ano eu ganhei depressão e ansiedade, a minha tia Tamira queria que eu tivesse acompanhamento psicológico mas eu sempre dizia que estava a melhorar e que não precisaria de acompanhamento médico, e como eu ficava fechada no quarto a minha tia não via como eu estava e nunca fui em nenhum psicólogo.
Foi o pior ano da minha vida, o mais torturante. Tive vários e vários pensamentos suicidas mas nunca cheguei a fazer nada pois eu pensava que seria ainda mais um desgosto para a minha mãe.
Quando fiz 16 entrei em uma fase que não recomendo a ninguém, eu parecia uma louca em desespero total, eu olhava para uma faca e só pensava em me cortar, imaginava o sangue saindo dos vários cortes profundos que eu poderia fazer para acabar logo com o meu sofrimento, olhava pela sacada do meu quarto e imaginava calculando a altura da janela ao chão se daria certo me tacar de lá mas era baixo de mais, nem sei se daria para partir uma perna, pegava num isqueiro e adivinhem, queria me queimar, e essa foi a melhor forma que eu encontrei para me aliviar a dor, mas eu já vou explicar melhor.
Tentem compreender eu só queria não existir!
E a minha tia?! Bom a minha tia passava a maior parte do tempo fora de casa e quando estava em casa, ou estava a dormir, ou estava no escritório trancada a fazer sei lá o quê. Mas ela é super simpática e animada e empolgada com a vida, admiro o seu humor todos os dias, ela é a minha unica e melhor família que tenho.
Uma noite não aguentei a pressão e decidi queimar-me.
Comecei a fazer isso todas as vezes que me sentia culpada ou sentia dor pela perda.
E faço isso até hoje, eu tenho 17 anos.
Vocês podem se estar a perguntar se eu vou à escola, e sim eu vou, sou completamente irrelevante naquele local e as poucas pessoas que sabem da minha existência chamam-me de esquisita, deprimida e dramática. Sinceramente, não sei como as pessoas hoje em dia conseguem ser tão cruéis. Julgar uma pessoa sem a conhecer é muito errado e infelizmente há poucas pessoas que não façam isso.
Eu não tenho amigos, eu apenas acordo em mais um dia chato e deprimente, como não tenho apetite para comer nada é a essa hora a minha tia já foi para o trabalho eu saio de casa sem comer nada e vou para a escola e dependendo dos dias volto à hora do almoço ou ao meio da tarde. A comida da escola dá-me vómitos então não como nada durante os dias em que fico todo o dia na escola. Depois de chegar da escola meto alguma coisa à boca e me feixo no quarto novamente. Quando a minha tia chega do trabalho ela faz a janta e sou obrigada a jantar com ela como se fosse uma pessoa normal e me alimenta-se devidamente todo o dia. A minha mãe sempre disse para comer sempre fruta mesmo quando não tenho apetite para nada. Então não passo um dia ser comer pelo menos fruta. Eu sei que os meus hábitos alimentares não são os dos melhores, mas não tenho apetite para mas nada.
Hoje por incrível que pareça a minha tia chegou mais cedo do trabalho, mas preferia que não tivesse chegado. Ela obrigou-me a sair do quarto para ir a uma festa qualquer que um dos garotos populares lá da escola organizou, não sei como ela soube disso!
Agora estou a escolher uma roupa que esconda bem o meu corpo para nenhum garoto tarado vir falar comigo.
Não sei se esta roupa se usa em festas, mas também não me interessa!
Ok, e aqui vou eu para a minha primeira festa na vida, sozinha.
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Stone- Vinnie Hacker
RomantizmOnde, após virar órfã, Pietra González vai morar com a sua tia paterna. Após 2 anos deprimentes e torturantes, Pietra acaba conhecendo Vinnie numa festa que a mesma foi obrigada a ir. Mal ela sabia que essa pequena noite de caus trazia com ela a pes...