𝐓𝐇𝐄 𝐊𝐈𝐃𝐍𝐀𝐏𝐏𝐄𝐑

02

Bárbara Passos

— EU NÃO HAVIA MANDADO VOCÊ ABAIXAR A PORRA DA CABEÇA? — O sequestrador diz apontando a arma para a minha cabeça — AGORA ALGUÉM SOFRERÁ AS CONSEQUÊNCIAS.

Estava ficando cada vez mais nervosa com aquela pistola apontada no meio da minha testa e com seu dedo no gatilho.

O cara começou a andar de um lado ao outro, os únicos sons presentes no ambiente era os de seus sapatos e alguns murmúrios de medo. O homem para bem a minha frente e se agacha

— Acho que vou ter que leva-lá comigo. — Ele diz enquanto passa suas mãos sujas em meu cabelo.

— N-não por favor eu imploro, eu te dou tudo o que tenho. — Digo em uma tentativa falha de salvação

— Implorar não vai te ajudar, hoje não. — Ele sussurra em meus ouvidos. — Peguem ela e levem para o carro. — Ele diz para seus parceiros

Dois caras armados e também encapuzados vem em minha direção com cordas, um deles ficam encarregado de amarrar minhas mãos enquanto o outro amarra meus pés.

O homem que parece ser o chefe de todos olha ao redor do banco e anuncia em bom tom.

— Foi ótimo roubar vocês, obrigada pela participação. — Ele gira os calcanhares mais uma vez em direção a porta mas se vira de repente dizendo. — Não esqueçam de pegar a outra morena ali também. — Ele diz apontando em direção a Tainá.

Assim que ele termina de dizer olho em direção a minha amiga que se encontrava muito calma para a situação em que estamos vivendo, tem algo muito estranho ai.

Um outro cara vai ao encontro de Tainá, assim que iria fazer um contato visual com ela um saco preto foi posto em minha cabeça e em seguida um pano com líquido foi posto em meu nariz, a última coisa que ouvi antes de apagar foi o grito de Tainá.

<time skip>

Acordei completamente desnorteada, não sabia onde estava ou quem estava. Tentei me levantar mas minhas pernas estavam extremamente bambas e não conseguia me manter em pé. Em uma das desastrosas tentativas de me levantar e explorar o porão em que estava começo a ouvir vozes do lado de fora

— O combina era somente pegar a Bárbara, Victor. Precisa mesmo desmaiar ela e a colocar em um porão nojento? — Diz Tainá

Como assim me sequestrar? Ela estava envolvida nisso? Quem são essas pessoas?

Perguntas como essas rondavam minha cabeça, não sabia em onde estava e muito menos com quem.

— Você já viu uma pessoa sequestrada ter benefícios, Tainá? — Um silêncio se instala. — Foi o que pensei. Agora sua amiguinha ja deve estar acordada, acho bom você ter uma boa desculpa para ela. — O homem diz e logo a porta se abre revelando um cara até então desconhecido e a minha melhor amiga.