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Narrador...

Talvez o desespero que aconteceu no hospital Alencar ninguém nunca poderia descrever ou falar.

Três enfermeiros foram precisos para aplicar um calmante em Desireé e coloca-la no quarto reservado do hospital.

Alessandro sentiu como se o mundo tivesse se abrindo diante de seus pés e ele estava em queda livre diretamente pra uma dor horrível que não tinha dimensão de quando iria acabar.

Talvez fosse besteira falar ou dizer, mas a dor que Paolla sentia era gritante, rasgava dentro de si pior de tudo que sentiu na vida, e qualquer pessoa que a olhasse poderia ver o quão abalada ela estava, não só ela, mas todos que estavam ali...

A loira estava sentada em uma cadeira no canto da sala, as mãos enterradas em seus cabelos.

— Estou aqui, e não vou sair do seu lado! - Isis falou

— Ela fez tanto, se colocou na frente da gente, de mim... - Paolla falou e negou com a cabeça, estava inconformada - Ela me salvou, isso não é justo, não é!

Isis estava ao seu lado e a abraçou com força, tentando consolar de alguma forma, talvez não fosse preciso falar nada, apenas está ali ao lado de sua melhor amiga já era necessário...

Kevin sentia uma raiva dentro de si, o garoto ficou descontrolado como nunca antes na sua vida, o descontrole a raiva tomaram conta do jogador que sentiu vontade de quebrar qualquer coisa que visse pela frente, chutando cadeiras, lixeira, a parede, qualquer objeto.

— Calma!

Klaus falou e segurou Kevin por trás tentando imobilizado de alguma forma, que se debatia nos braços do pai.

— ME SOLTA! - Kevin gritou alterado - QUANDO EU ACHAR ESSE ASSASSINO EU QUEM VOU MATAR ELE, DA MESMA FORMA QUE ELE TIROU MEUS AMIGOS!

— Olha pra mim meu filho...

Jade pediu e segurou no rosto do garoto, olhando fixamente nos olhos verdes de Kevin que estavam quase escuros de tanto ódio.

— Você não é um assassino, não fala isso, você não é assim! - Jade falou

— A Dominic...

Kevin falou com a voz falha e deixou suas lágrimas rolarem, Jade o abraçou com força, Kevin se deixou chorar nos braços da mãe que parecia ser o único conforto que ele estava tendo naquele momento, um grito sôfrego saiu da garganta do garoto que foi abafado pelo colo de Jade.

Danna deixou seu corpo deslizar até está sentada no chão, os olhos castanhos da garota beirava uma cor mais escura, vago, absurdamente sem vida, se sentia da mesma forma quando Stella morreu, só que a dor era 100× mais, seu peito rasgava, seu coração já não tinha mais o que se quebrar, sentia que iria sucumbir a qualquer momento.

— Deus, por favor me ajude... - Danna falou em um sussurro - Eu não aguento mais isso!

Carla se aproximou e se abaixou, ficando de joelhos na frente de Danna que continuou de cabeça baixa, talvez naquele momento não teria nada que pudesse falar e assim conforta-la, então decidiu apenas abraçar sua filha que chorava baixinho em seu colo.

— Alessandro? - A Doutora chamou - Preciso que você venha até o quarto, e assim a gente faz a liberação, é de praxe!

...

Aquela manhã amanheceu bem nublada em Miami, triste e sem vida...

Ninguém havia dormido absolutamente nada, estavam cansados e esgotados, e ainda tinham um velório pela frente assim como um enterro que ninguém estava preparado para enfrentar...

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