• Ser de uma família rica onde seus pais querem te controlar não era nada fácil, ainda mais quando a filha mais velha tinha amigos que amavam causar confusão.
Fazer parte dos Pogues era libertador. Eles tinham apenas um lema :
- Pogues não pegam o...
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Sinto mãos tamparem a minha boca e quando pensei em gritar JJ fazia sinal para ficar quieta, atrás dele estavam Pope, Kiara e John B.
— Vamos pelo fundo. - Pope diz baixo.
Fui saindo devagar para não conseguirem ouvir nossos passos.
— Sei que está aqui filha. - Escuto a voz de meu pai ao lado de fora.
Conseguimos chegar até a porta do fundo onde dava acesso a uma grande mata, estava escuro demais, seguramos firmes nas mãos para ninguém se perder, fomos adentrando até um certo ponto que dava para ter uma vista da casa.
— Eles devem estar escondido. - Rafe diz encarando o outro lado da rua.
Os olhos de Kiara estão arregalados, todos me encaram.
— O que foi ?. - Sussurro.
— Não se mexa. - JJ se aproxima devagar. Prendi a respiração. — Não grita okay ?
Tento balançar a cabeça mas não consigo, sinto algumas patas sobre a testa, há uma aranha enorme sobre a minha cabeça.
— Tira, por favor. - Imploro quase chorando.
— Ela vai me picar. - JJ da um passo pra trás. — Vai você. - Empurra John B.
— Olha eu até iria mas tenho alergia, vai você. - Empurra Pope.
— Kiara seria melhor nisso.
— Eu ? Sério ? - Fala alto.
— Shhh. - Todos dizem mais era tarde demais.
Começo a gritar e bagunçar meu cabelo até o bicho cair no chão.
— Eles estão ali, vamos.
— Droga, precisamos correr. - John B diz fazendo com que todos fossem atrás menos eu.
— O que você tá fazendo ? - JJ pergunta.
— Vão vocês, eu cuido disso.
— Não posso te deixar. - Ele solta fazendo todos lhe encarar.
— Pode sim, vai logo. Encontro vocês.
— Vem JJ. - Kiara puxa a mão do loiro para que ele tome a iniciativa de correr mas não foi possível, ele segurou em minha mão.
Enquanto os três iam para um lado, JJ e eu corríamos para o outro, ligo a lanterna do celular para conseguir enxergar.
Há uma pequena casa de madeira a frente, nos apertamos ali, desligo a luz do celular e tampo minha própria respiração.
— Esqueça Rafe, amanhã eles vão aparecer. - Meu pai encara o garoto.
— Espero que ela apareça. - Se aproxima. — Se não, o acordo já era. - Sai empurrando o mesmo pelo ombro.
Ficamos um tempo ali olhando um pra cara do outro, nenhum tinha coragem para ver se a barra está limpa. Parecia que encarar estava mais interessante. Estamos próximos, rostos quase colados.
— Não posso fazer isso. - Ele sussurra. — Pogue não se pegam.
— Ah, claro... também não posso fazer isso. - Me afasto. — Acho que já podemos ir. - Sussurro abrindo a pequena porta.
