Capítulo 04

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Celina foi pegar o cantil de água que estava na bolsa da sela de garanhão, foi quando ela viu a carta que Katy deixara pra mãe então a pegou e levou para Aneith.

— Acho que está na hora de parar de fugir dela! – Diz olhando para a carta– Você tem que ler Aneith.

—Eu não estou fugindo –pega a carta da mão de Celina e e traga o arco pra ela– Agora é a Sua vez, você só precisa mirar, sinta o vento passar sob seu pulmão solte-o levemente, sinta a brisa passando sob seus cabelos – ela se senta na grama e abre a carta!

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" Para Aneith Lersson"

   Mamãe, me desculpe por não me despedir. Mas não é de certo um adeus. Eu precisei partir pra me encontrar, preciso de respostas que você não poderia me dar.
  Não fique com medo de algo acontecer comigo, eu vou ficar bem prometo! E saiba que nada vai mudar entre nós independentemente do que eu encontrar pois quando eu precisei de uma mãe quem sempre esteve comigo foi você,  então não pense nada sobre eu esquecer você. Sempre será nós duas, somente nós até o fim.
Se lembra de quando eu tinha cinco anos e cai da janela e relei o joelho?Lembra o que me disse quando eu estava chorando?
Você falou pra mim:  " Não chora filha, sabia que não vai mais sentir isso com o tempo, quando seu joelho relar você não vai nem se importar mais". E com o tempo eu cresci e não doía mais. Agora é como se eu fosse aquela criança chorando que tá esperando o joelho parar de doer é cicatrizar, eu preciso das respostas pra poder curar essa ferida entende. Eu voltarei muito em breve mamãe, eu te amo!
  Ass: Sua garotinha.
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      Os olhos de Aneith estavam cheios de lágrima, ela não conseguiu se segurar e chorou de emoção.

— E então –Celina limpa o suor da testa– o que  achou? –ela vira pra saber  o que Aneith achou e  á  encontra chorando!

— O que houve? Algo emocionante escrito? – Tira as luvas e vai em direção a ela

—Sim, ela escreveu! Agora vamos ver como se saiu! –Levanta limpando as lágrimas
— Não saia fingindo que nada tá acontecendo aqui – fala apontando pra mulher– e aí o que ela disse?

— Tá eu deixo você ler depois,  agora vamos buscar as flechas e saber como se saiu! –vai andando em direção á árvore.

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      Já  estava anoitecendo quando a carruagem chegou á capital, Katy estava acordada só que preferiu fingir para tentar ter uma chance.

—Ela  ainda está desacordada –pega Katy e coloca sobre os ombros– acho que você acertou em cheio, ela passou a viagem toda desacordada.

—Sim general, mas essa  será  á  última, o senhor prometeu que isso não aconteceria de novo, e cá estamos!

— Cala a boca Fréderick , você não recebe pra reclamar. Jogamos ela na cozinha e qualquer coisa a ameaçados, qual é? Ela é uma qualquer, não precisa ter medo.

— Mas senhor! E se ela for alguém importante, ou ao mesmo uma moradora  do Reino vizinho – O cocheiro sussurra

— Não,  ela não é tão importante assim, e muito menos feérica. Não haverá nada, agora pegue ela e leve pela porta dos fundos da cozinha. Vá! –ele fala passando Katy pros ombros de Fréd

Fréderick a leva pelos fundos do Castelo, para que ninguém  os visse. Ele a levou para um dos quartos velhos, frios e nojentos do porão antigo para q ninguém a notasse até o outro dia onde eles a pegaria e levariam ela pra cozinha. Ele a jogou na cama com um mísero colchão que agora ela iria dividir com os ácaros e colocou uma corrente em seu tornozelo, então foi embora.

— Então o rei escraviza pessoas inocentes –ela se levanta de subto– que reino de merda, eu tenho nojo desses seres. Eu vou matar o rei –ela cospe enquanto fala o nome do rei.

—Pervertidos, aquele velho arrancou minhas roupas e ainda me deixa aqui seme nua em uma sala gélida. Amanhã quando me ameaçarem e me enchotarem para a cozinha eu começarei o meu plano de fuga. Eles que me aguardem –ela se encolhe abraçando os joelhos para tentar amenizar o frio.

Celina era uma boa aluna, sua pontaria não eram das melhores mas Aneith reconheceu um talento nao lápidado,e ela seria a que iria lapidar aquele diamante, elas recolheram as flechas, limparam um pouco as trilhas de destino á alvos e depois foram embora.

— Já estava achando que voltariam só pra jantar –desabafa Janete

— Me perdi no talento de sua filha e lhe  passei algumas dicas de posicionamentos para ter um melhor lançamento –diz jogando um pedaço de pão na boca.

—Então minha linda filha também é uma ótima arqueira? — Diz colocando a mesa

—Vamos treinar todos os dias até ela estar pronta! —fala olhando para Janete,  e logo em seguida as duas olham para Celina

—Será que pode ser possível – sussurra Janete para Aneith enquanto ainda olhavam para Celina

— Só é preciso treinamento –Aneith volta o olhar para a amiga.

—Até eu estar pronta pra quê? –Celina se aproxima da mesa

—Ooouh não, você não está preparada para essa história filha –Janete fala se sentando a mesa enquanto as duas faziam o prato de comida.

— Falem logo. Pelos deuses estou curiosa

— Até nos enfrentarmos! –exclama a ruiva sem tirar a atenção da sua comida.

— Tipo um duelo? –diz imprecionada

—É... Tipo um duelo! –fala voltando o olhar para a menina agora sentada na ponta da mesa.

—Katy é boa com arco, vocês já se enfrentaram?

—Não,  não deu tempo!– Fala Aneith mergulhando um pedaço do pai no caldo de galinha e comendo.

—Espera!..– Para e solta a colher– não vamos tipo ter que matar uma a outra não é? –Celina fica olhando para sua mãe e para Aneith

—Pelos deuses, essa menina tem uma baita imaginação... É claro que não vamos nos matar garota – silêncio invade a cozinha enquanto as três ficam se entreolhando, e enfim começam a gargalhar.

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