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Já era comum, durante as férias, a mansão dos Park ficar cheia de jovens que as vezes nem mesmo seu filho único conhecia. O que este não imaginava é que uma festa no início do ano traria ainda mais pessoas á residência coreana da família. Era de se esperar quando Jay era conhecido por quase metade de Seul, tanto pela sua família influente quanto pela popularidade adquirida sem esforço algum pelo próprio garoto.
Ele andava pelos corredores da casa, já com um copo na mão, que certamente não deveria possuir álcool pelo fato deste ainda ser menor de idade. Mas aos 18 anos costumamos não ligar muito para regras, certo? A música alta que quase fazia o chão vibrar ajudava a bebida a subir ainda mais rápido que o normal, por algum motivo. Mas se tinha uma coisa que Jay odiava era sua enorme tolerância á bebidas alcoólicas, sentia-se levemente tonto apenas depois de beber por volta de cinco ou seis 'shots' bem generosos.
— Heyy — Sentiu um braço ser passado pelo seu ombro divertidamente, piscou duas vezes para ver quem era. — Pega leve ai, a festa mal começou e você já ta' se acabando em soju?
— Não enche, Hoon. — riu da fala do outro, que também tinha em mãos um copo de led com alguma bebida azul dentro. — Até parece que você já não bebeu uns três desse também, cuidado ou vai acabar se confessando para o seu 'crush' inconscientemente.
— Como você... — O garoto se pegou pensando se Jay sabia mesmo que este estava...Gostando de um garoto ou se estava apenas tentando fazê-lo dizer algo. — Hey, você não sabe de nada, não é?
— Eu não ligo, pra falar a verdade — O anfitrião disse, bebendo mais um pouco do conteúdo tingido de vermelho em seu copo. — Pode fazer o que quiser com tanto que não quebre nada, boa sorte Hoon.
Se livrou do braço do mais novo que ficou ali, praticamente estagnado se perguntando que tipo de conversa alcoolizada fora aquela. Jay Finalmente tinha chegado ao coração de sua própria festa, observando o caos que se instaurava naquele lugar.
Haviam com certeza ali muito mais pessoas do que se lembrava de ter convidado em sua linha de transmissão automática. Tinha em mente que por volta de 50 pessoas apareceriam, mas com certeza ali já haviam passado das 150 cabeças e vozerios. Não que isso fosse um grande problema, afinal a mansão era bem espaçosa e possuía vários funcionários que certamente cuidariam para encobrir qualquer possível estrago que venha a ocorrer de seus pais.
A luz de led vermelha cobria todas as pessoas ali no certo da sala de estar, algumas já completamente bêbadas, se jogando umas nas outras e até gritando coisas desconexas. Os olhos afiados do garoto procuravam, com dificuldade, uma pessoa específica. Entre relances e desvios trocou olhares com vários e várias, sem expressar o mínimo ou flertar de volta, a frustração quase o consumindo quando encontrou.
