━━━ M ɪ ɴ ᴜ ᴛ ᴇ s

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"A história da minha vida é sobre entradas de trás, portas laterais, elevadores secretos e outras maneiras de entrar e sair de lugares sem as pessoas me incomodarem."

GARBØ, GRETA

Bárbara se levantou, ajeitando-se e olhando para cima, de onde vinha o som. A garota se recompôs mais rapidamente, talvez por seu passado político, talvez por sempre estar no controle.

- Estamos bem sim! Tem um garoto aqui comigo também! É o Victor...v— Bárbara não sabia como terminar a frase, mas continuou olhando para cima.

Nesse momento, Victor percebeu que tirou suas roupas por uma menina que nem sabia seu sobrenome.

— Augusto. Victor respondeu, tentando fazer sua respiração voltar ao normal.

— Victor Augusto!

— Do apartamento? — A voz masculina voltou a perguntar.

Ouviram barulhos atrás dele. Eram os prováveis bombeiros trabalhando para tira-los dali.

Victor não tinha dúvida que vieram o mais rápido que puderam e, principalmente, devido ao status do pai de Bárbara.

— 705. — Victor responde, baixinho, fazendo Bárbara gritar para o bombeiro.

— 705.

— Ok, ok, vamos tentar te tirar daí, mas pode demorar cerca de 40 minutos. Meu nome é Nick Grimshaw. Vocês estão bem, alimentados, respirando?

Bárbara olhou para Victor, checar se estava tudo bem. Era a primeira vez que ela olhava para baixo, e não para cima, de onde o som estava vindo. Ela checou Victor, e perguntou se estava tudo bem com os olhos, fazendo Victor balançar afirmativamente a cabeça.

— Sim, tá tudo certo.

— Ok, ok. Seu pai disse que te ama.

Antes que Bárbara pudesse responder, Victor gritou eufórico.

— Diz que amo ele também.

Ficou um tanto de silêncio, antes que o bombeiro falasse novamente.

— Tava falando com a Bárbara.

Bárbara deu um risinho da reação de Victor e voltou a olhar para cima, para gritar.

— Ah... Valeu?! O homem parou de responder, o barulho ficou mais baixo, e Bárbara se sentou, suspirando e finalmente descansando as costas na parede metálica do elevador.

— Pelo jeito iremos sair daqui afinal.

Victor nem sabia o que dizer, depois daqueles repentinos gemidos e um sexo.

— Pelo jeito.

Ele estava pronto para ficar calado de uma vez por todas, mas parecia que Bárbara era a que queria continuar conversando daquela vez.

— Podemos continuar o jogo das perguntas enquanto esperamos os bombeiros... Já que não seria legal se..   — Ela fez gestos em torno de seu corpo e de Victor, o que deixava claro o que queria dizer.

Victor deu de ombros, encarando os olhos castanhos de Bárbara. Estava nostálgico por algum motivo obscuro.

— Claro, claro.

— Você continua. — Bárbara disse, com os olhos brilhando.

Victor não pegou leve, e tacou a bomba logo na primeira pergunta. Bárbara já sabia que estava flertando com ele mesmo, o que adiantava esconder?

𝐄𝐋𝐄𝐕𝐀𝐓𝐎𝐑 - 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora