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-Eu disse garotas são estranhas - diz Jamal atravessando a rua junto com Monse.

Estou indo pra empresa preciso de algo pra fazer, lá é melhor doque ficar em casa olhando pro teto.

-Cala boca Jamal - digo e também atravesso e Ruby vem logo atrás.

Atravessamos e ficamos esperando César aparecer logo ele aparece e vem conosco.

-Não consigo, não consigo manter um segredo vai me fazer implodir, não sei porque as pessoas fazem isso - fala Jamal.

-Tem uma coisa que eu quero contar - começa Monse e ele e César se olham.

Acho que ela e César tem alguma coisa porque se não ela não viria aqui depois doque ele disse.

Escutamos dois tiros.

-Quarenta e quatro - falam e riem.

-César - escutamos no carro.

Oscar.

Só a voz conseguiu fazer eu me arrepiar, de óculos escuros mais mesmo assim consegui sentir que olhava pra mim.

-Chega ai - faz sinal com a cabeça pra César que logo obedece e entra no carro.

Antes de dar partida nos olha mais uma vez e vai.

Vamos todos pro meio da rua e vemos o carro se afastar.

-Oque você ia dizer ? - pergunta Ruby.

-César - se vira para nós - temos que salvar ele.

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-Oque vai querer - pergunto a Oscar que no momento tá parado na minha frente.

Alevanta os óculos escuros e me olha com uma sobrancelha levantada.

-Uma água - diz e anoto saindo.

-Aqui - lhe e entrego o copo e nossas mãos se encostam, me arrepio então a tiro rapidamente.

Ele sorrir de canto.

-Mais alguma coisa ? - pergunto.

-Teu número - diz tomando um gole de água.

-Não - digo e me afasto indo até a outra mesa.

-Boa tarde posso anotar seu pedido ? - pergunto a moça do lado.

-Claro, vamos querer dois hambúrguer completo - diz a moça de olhos azuis cintilantes e cabelos de cor ruiva natural.

-Aqui é o melhor da cidade - diz o moço, de olhos verdes e cabelos amarrados pra trás.

-Agradecemos - digo sorrindo e os mesmos retribuiem.

Saio para levar o pedido a cozinha e Oscar me olhava sério.

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-Aqui filha passa no mercado e compra isso aqui pra mim - diz meu pai me entregando uma listinha depois de eu terminar de atender todos os clientes.

-Ok pai - digo e ele me fala onde é o mercado troco a camisa e lhe entrego saindo da lanchonete.

Coloco o fone de ouvido e o celular no bolso indo até o mercado.

Logo chego no mercado e começo a pegar as coisas da lista.

-Trinta dólares - diz a mulher do caixa.

-Aqui - falo e lhe entrego a nota pegando minhas sacolas e saindo em seguida.

Já tá escurecendo então apresso o pasço.

-Quer carona ? - diz alguém num carro.

-Não - digo e olho vejo Oscar.

-Deixa eu te ajudar - diz ele.

-Não e tá me seguindo é - digo parando e o encarando.

-Não, só estou oferecendo carona estressada.

Reviro os olhos.

-Não precisa - digo e sigo meu caminho.

-Sério que não lembra de mim - diz ele parando o carro.

-Deveria ? - digo sem entender.

-Sou eu, o Oscar - diz ele e sai do carro.

Único Oscar que eu me lembre é o da praia mais não é ele, não poderia.

A também tinha o da faculdade que se mudou pro quarto ao lado do meu no segundo mês, mais também não é ele, ele é mais alto e moreno.

-Desculpa mais não sei - digo e sinto que começa a chover.

-Tá começando a chover vou nessa - digo e me viro.

-Até tu chegar em casa vais tá toda molhada chica.

-Não se eu andar rápido - digo e pisco pra ele que ri de canto.

-Qual é deixa eu te levar falta dois quarteirão ainda niña - diz Oscar.

Paro e penso, descido aceitar.

-Tá certo - digo e ele abre a porta pra mim.

Entro e me arrumo com as sacolas no carro e ele entra em seguida.

Olho o carro e está bem conservado .

-Então és irmã do Jamal ? - pergunta.

-Sim - respondo olhando a rua.

-Sabia que ele tinha uma irmã, César quando era mais novo não parava de falar de ti, mais não que você era irmã dele - diz olhando pra frente.

Sorrio ao lembrar de César pequeno.

-Como assim que eu era irmã dele ? - pergunto.

-É que - para de falar assim que chegamos na minha casa.

-Oque ? - pergunto.

-Nada - diz sério.

-Ok, obrigada - falo e desço do carro.

Ele fica me olhando entrar em casa e assim que entro e fecho a porta escuto o carro da partida deixo as coisas na cozinha e vou pro meu quarto.

-Tiana - escuto meu pai.

-Oi - volto a sala.

-Oque o assombrado tava fazendo aqui - pergunta minha mãe.

-Começo a chover e ele me deu uma carona - digo.

-Sabes quem ele é - diz meu pai se alevantando.

-Sim - digo e volta a ir pro quarto.

Mesmo se os meninos não me falassem as tatuagens o entregam.

Tempo Certo  - Oscar Diaz // On My BlockOnde histórias criam vida. Descubra agora