Tempo Certo - Oscar Diaz // On My Block

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Flashback

-Jamal calma ela vai ficar bem - escuto vozes mais não sei onde estou e não tenho forças para falar.

-Eu não posso perder ela - escuto e reconheço a voz sendo do Jamal e quem acho ser ele apertar minha mão.

Escuto choros e meu corpo todo dói por inteiro quero falar e não consigo quero pelo menos abrir os olhos mais não consigo.

Numa tentativa fracassada de me mexer aos poucos as vozes vão ficando longe e eu durmo novamente.

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-Jamal - minha voz sai falhada e vejo Jamal se levanta correndo e vindo pegar minha mão.

-Tiana, mana - ele me fala e vejo meus olhos se encherem de lagrimas.

O meu bebê.

Jamal aperta minha mão e eu choro junto com ele.

-Cadê nossos pais ? - pergunto.

-Estão em casa, não queriam me deixar ficar então entrei escondido - ele fala.

Rio com dificuldade.

-Oque aconteceu ? - pergunto.

-Profetas atiraram em você - escuto uma voz e vejo Oscar entrando na sala.

-Mais que merda tas fazendo aqui - Jamal grita.

Nunca o vi desse jeito principalmente com o Oscar que só de falar o nome ele já se tremia de medo.

-Jamal - digo.

-Não Tiana - ele fala.

-Vai embora assombrado - diz Jamal.

Não consigo descordar de Jamal então apenas olho para outro canto.

Oscar sai pela porta de cabeça baixa.

Jamal me conta sobre tudo que tem ocorrido e  diz que fiquei três dias desacordada já que perdi muito sangue e tive que fazer cirurgia, Olívia faleceu e Latrelle tá desaparecido, ele ficou o tempo todo falando que não queria me perder e não sabia oque iria fazer se algo acontecesse comigo, meu coração se partiu só de o ver assim ficamos ali até os seguranças verem ele e o colocarem para fora.

Fico olhando pro teto sem vontade alguma de dormir.

-Entra Oscar - digo ao olhar sua sombra na porta.

-Como tas chica ? - ele pergunta fechando a cortina para não o verem e se sentando ao meu lado.

-Como achas - digo e ele abaixa a cabeça.

-Não tens culpa disso - falo e numa tentativa frustada de me levantar sinto uma dor forte no peito.

-Merda - falo baixinho.

-Não podes fazer força - ele me fala e fico o olhando.

-Você tava certa, não deveria ter mandando César, eu mesmo deveria ter ido - ele fala e vejo seus olhos marejarem.

-Agora já foi - digo e ele abaixa a cabeça.

-Como César tá ? - pergunto.

-Não sei - ele fala.

-Como assim ?

-Ele não tá morando mais na minha casa.

-Tas brincando comigo né - falo.

-Não, última vez que vi ele tava indo pra casa da Monse - ele fala.

Eu e Oscar ficamos em silêncio.

Oscar pega minha mão e eu viro a cabeça pro lado.

Pensei que a essa altura do campeonato Oscar tivesse parado com essa besteira e aceitado César de volta, porra eles são família não é isso que ele presa tanto.

-Vou descobri quem fez isso - ele fale segurando minha mão.

-Já não fizesse a trégua ? - pergunto firme.

-Como... Jamal, fiz - fala.

-Então pode parando, a trégua tá feita acabou esquece isso - digo com dificuldade.

-Olha oque eles fizeram contigo - ele retruca - e se tivesse acontecido alguma coisa pior.

-Mais não aconteceu e eu tô aqui não tô - digo.

Ele abaixa a cabeça e vejo... lágrimas ?

Me rendo em cruzar minha mão na sua agora eu deixando umas lágrimas cair.

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-Meu Deus mujer que medo me desse - diz Teresa chegando no quarto.

-Oi amiga - digo a ela que vem com todo cuidado me da um beijo na testa.

-Como estas chica ? - ela pergunta se sentando na cama.

-Me conta tu, como tá na rua ? não aguento mais ficar aqui - digo a ela.

-Ta tenso viu neguinha assombrado tá mais atento que antes pelo que Sad Eyes me contou - diz ela e penso dele vindo aqui.

Ele acha que estou dormindo e que não o vejo chegar tarde da noite, sei nem como ele entra mais ele da o jeito dele e sai cedinho antes dos médicos chegarem.

-Ele veio aqui ?

-Veio amiga - digo.

-Iai como foi ?

Conto pra ela oque conversamos.

-Amiga tu gosta dele né ? - ela me pergunta e eu não respondo, nem eu sei oque sinto.

Conversamos sobre eu e Oscar, ela e Sad, Monse também teve aqui falei de César e ela disse que ele não quis vir por achar que estou brava com ele e que tudo é sua culpa.

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