Then Comes a Mist and a Weeping Rain » drarry

Parte V

O beijo durou um longo tempo. Pelo menos era isso que Draco suspeitava. Mesmo que parecesse não ter passado nem um minuto, quando Draco se afastou, os lábios de Potter estavam inchados e vermelhos e seus olhos estavam escuros. Eu fiz isso, Draco pensou enquanto olhava para a expressão atordoada de Potter. Isso o fez querer fazer mais. Queria vê-lo derreter sob seu toque. Queria que ele o olhasse como se Draco fosse a única pessoa viva que poderia fazê-lo perder o controle dessa forma.

Draco recuou e tentou descer do colo de Potter, mas o aperto alheio estava forte em sua cintura; ele não o deixaria ir.

Sorrindo, Draco estendeu a mão para levantar cada um dos dedos de Potter.

— Me solta.

— Não quero — disse Potter, sua voz rouca. As coxas de Draco apertaram Potter com mais força; seu pênis pulsava junto com seus batimentos cardíacos. Potter se inclinou e capturou o lábio inferior de Draco com os dentes. Sua língua deslizou ali e Draco estremeceu, se distraiu tanto que quase esqueceu o que queria fazer.

— Tô falando sério — Draco sussurrou.

Potter se afastou, franzindo o cenho. Desta vez, Draco conseguiu se libertar e se levantar. Ele afastou os joelhos de Potter e se ajoelhou, as palmas das mãos nas coxas alheias. Não se atreveu a olhar para cima enquanto sua mão deslizava em direção à virilha de Potter, mas então se lembrou que a coragem tinha suas recompensas, e fixou seus olhos nos dele enquanto o segurava firmemente através de sua calça jeans. Potter estava duro e se sentia quente contra a palma de Draco. Seu olhar verde também ardia. Draco pensou que Potter parecia vulnerável de uma maneira que não o via há anos. Nem mesmo quando o capturou e o petrificou no trem de Hogwarts dois anos atrás; naquela época, Potter era todo desafio e ódio.

Draco piscou para afastar a imagem indesejada e sorriu levemente enquanto libertava o pau dele e o segurava em sua mão. Os olhos de Potter se fecharam e ele agarrou os braços da poltrona com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.

A ereção de Potter parecia pesada e grossa na mão de Draco. E quente e estranha; por um segundo, não soube o que fazer com isso. Mas sua mão sabia e se moveu instintivamente, acariciando como Draco se acariciava no chuveiro. Era diferente, porém, mais estranho, e ele se perguntou se Potter pensaria assim também. Se ele se sentia tentado a fazer sozinho, de maneira adequada, do jeito que ele mais gostava. Mas Potter não se mexeu. Seus olhos estavam bem fechados e sua respiração estava pesada.

Draco mordeu o lábio, pensando, então empurrou o prepúcio para baixo e se inclinou. Ele deixou a ponta escorregar entre seus lábios, sua língua lambendo timidamente. Ouviu Potter respirar fundo; seu quase silencioso "ah!" enviou um arrepio pelo corpo de Draco. Nem mesmo o sabor levemente amargo em sua língua poderia dissuadir Draco naquele momento. Ele lambeu Potter com mais firmeza e tentou tomá-lo mais profundamente em sua boca. Foi mais difícil do que pensava que seria. Ele tentou ficar atento aos dentes e chupar e lamber, e fazer tudo de uma vez, mas tudo o que conseguiu foi dar algumas chupadas firmes, e então a mão de Potter agarrou seu cabelo, puxando-o.

— Draco, eu vou-

Draco não teve que adivinhar como aquela frase terminaria. O sêmen de Potter atingiu sua garganta e ele se afastou, tossindo e cuspindo, mais surpreso do que tinha o direito de estar. Nem tinha um gosto ruim, mas fez cócegas em sua garganta e encheu sua boca, e Draco reagiu sem pensar. Potter não parecia se importar, no entanto. Ele afundou na cadeira, a cabeça jogada para trás, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto tentava recuperar o fôlego.

Draco o encarou: seu pescoço exposto, seu pênis, ainda duro entre as pernas, projetando-se em meio aos pêlos escuros. A mão de Draco estava entre suas próprias coxas, espalmando seu pênis através das calças. Antes que percebesse o que estava fazendo, já estava gozando. Ele mordeu o lábio, tomando cuidado para ficar quieto enquanto seu corpo convulsionava e relaxava.