[Prólogo] - A primeira pétala

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𝑆𝑎𝑘𝑢𝑟𝑎 - 𝐼𝑘𝑖𝑚𝑜𝑛𝑜 𝐺𝑎𝑘𝑎𝑟𝑖 (𝑀𝑢𝑠𝑖𝑐 𝐵𝑜𝑥 𝑣𝑒𝑟𝑠.)

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"A cerejeira floresce
após perder as folhas.
Cada uma das pétalas é
um pedaço do meu amor."

𝐺𝑒𝑜𝑟𝑔𝑒 - 3𝑃𝑀 [𝑊𝑒𝑑𝑛𝑒𝑠𝑑𝑎𝑦]
𝐶𝑎𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐺𝑒𝑜𝑟𝑔𝑒, 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜

Era fim de inverno, mas ainda tinha muita neve atolada por aí. Aquela era uma das melhores-piores estações do ano, onde havia aquele frio que congelavam os ossos, queimava a pele e travava os músculos, mas também onde se usava roupas bonitas, bebia coisas quentes, fazia boneco de neve e se divertia por aí com os amigos. E hoje acontecia exatamente o último caso citado.

Eu me arrumava pra ir numa cafeteria com Nick e Clay, e me olhava no espelho pela 27° vez, bufando ao ver o quão patético eu parecia naquele amontoado de casacos e suéteres empilhados em meu corpo, ainda não estando quente o bastante. Quando estava prestes a ter um surto de raiva, ouço a campainha tocar.

Ugh, ótimo, agora não vou poder nem inventar uma desculpa pra ficar em casa.

- Já vai! - grito, colocando a cabeça para fora do meu quarto.

Corro pela casa, pegando minha carteira, chaves e celular. Quando chegava à porta de casa, minha mãe agilmente envolve um cachecol em meu pescoço e coloca uma touca, cobrindo meus fios bagunçados. Por fim, deixa um beijo em minha bochecha.

- Juízo, hein? Tomem cuidado e não volte tarde.

- Sim senhora! - lhe dou um abraço e saio pela porta da frente, logo recebendo um soquinho no braço.

- Olha só! Não é que a noiva tá viva? - Nick brincou, me provocando pela minha demora.

- Ha ha. - ironizo, empurrando ele - As gracinhas vão ficar de papo ou podemos começar a andar?

Então seguimos nosso caminho, e enquanto andávamos, Nick fazia inúmeras piadinhas e palhaçadas, como sempre. Enquanto estava distraído com a bobeira dele, sou pego de surpresa quando um ar quente sopra algumas palavras em meu ouvido.

"Você está bonito hoje, George"

- Obrigado, Clay. - sorrio, franzindo o cenho, um pouco confuso com o ato - Por que está sussurrando? - pergunto, acabando por atrair a atenção do outro moreno, agora curioso, para a nossa conversa.

- Não sei. - deu de ombros, endireitando sua postura, anteriormente curvada, agora voltando a olhar pra frente, como se nada houvesse acontecido.

Coloco minhas mãos geladas em meus bolsos, ainda um pouco desconcertado com o cenário anterior, mas decidido a o ignorar. E então, quando minhas pernas começam a pedir arrego, finalmente chegamos à cafeteria, ouvindo o barulho de sino soar ao passarmos pela entrada. Sentamos na mesma mesa que temos sentado constantemente por mais de - provavelmente - 10 anos. Faz tanto tempo que já perdi as contas, mas as lembranças que guardávamos desde a infância ainda estavam lá, vívidas, toda vez que nos sentávamos naqueles mesmos lugares de sempre.

[EM HIATUS] 𝙷𝚊𝚗𝚊𝚑𝚊𝚔𝚒 𝟺𝟶𝟺 - [𝙳𝚛𝚎𝚊𝚖𝙽𝚘𝚝𝙵𝚘𝚞𝚗𝚍]Onde histórias criam vida. Descubra agora