Cap 36

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Nanda

A Sabrina foi embora e o Batoré foi levar ela, estamos num assuntinho bacana até o G3 chegar no meu ouvido

- A gente tem que conversa tu não acha ? - ele já tava meio alterado, eu também aquilo não iria prestar
- Tu não quis antes agora não vai ser - mostrei a língua pra ele
- Chega de marra, vamo pra casa se acerta preta. - deu um beijo no meu pescoço
- Tem o que acerta mais não, tô saindo da tua casa, vou voltar pra do meu pai. - virei o resto da minha cerveja
- Porque tu faz isso ? Dificulta as coisas, pô a gente brigou e você já quer meter o pé ? - falou um pouco mais alto chamando atenção do cobra e do gui.
- Eu não quero mais, fim ok ? - levantei da mesa e fui saindo.

Tava virando um beco perto da casa do meu pai quando senti me puxarem, ele me prensou na parede segurou forte meu rosto fazendo o olhar e disse

- Só acaba quando eu disser que acaba, ta me entendendo? - por um minuto senti um arrepio na espinha.

- Me solta, ta me machucando - falei tentando tirar a mão dele do meu rosto.

- É pra machucar mesmo, tu ta me tirando de otario Maria Fernanda? - ele estava com seu rosto extremamente perto do meu podia sentir nitidamente o seu halito de cerveja -Tu não vai embora de casa porra nenhuma, tu vai pra NOSSA casa comigo, a gente vai conversar e se acerta e ponto. Ou tu já ta com outro e eu to levando galha e não to sabendo. - ai eu esqueci como respirava

- Me solta, ja falei que ta machucando - consegui me soltar da mao dele - Tá achando que eu sou as nega que tu pegava ? Me respeita ! - falei alto apontando o dedo no nariz dele. - Eu não vou pra lugar nenhum com você ! Tu quer conversa ? Ok, mais não agora, nem aqui e muito menos na TUA casa. Quando eu estiver afim de conversa eu te aviso, caso contrario só me da paz !

Eu sai dali em passos largos e fui pra casa, entrei e fui direto pro quintal do fundo. Só tirei o tenis e as roupas ficando só de lingirie e pulei na piscina. A agua entrou em contato com meu corpo praticamente lavando tudo aquilo que tinha acabado de rolar. Fiquei ali um tempo e meu celular começou a apitar, me estiquei e peguei.

Whatsapp On

Numero desconhecido
-Tô com saudade

Nanda
- Quem é

Numero desconhecido
- Matheus, balada de Niteroí

Nanda
- Ah meu deus desculpa !
-Oii como esta ? Saudades tambem

Matheus
- To bem gata, vim pro Leblon na casa dos meus pais, vou ficar uns dias aqui, pensei na gente se ver

Nanda
- Otimo ! Que tal amanha a noite ?

Matheus
- Por mim blz, passo pra te buscar, manda a loc

Nanda
- Fica tranquilo, nos encontramos em algum lugar

Matheus
- Ok, ás 20hrs entao la no Oro, a gente pode até deixar o jantar pra amanhã mais queria te ver hoje.
Vem pra cá, cheguei de viagem tem pouco tempo, tô indo pro Hotel

Nanda
- Tu conhece o Vidigal ?

Matheus
- Conheço, porque ?

Nanda
- Moro aqui, se tu não se importar e quiser vir pra cá vou adorar tua companhia.

Matheus
- Jaé gata, daqui a pouco tô aí então.

Guardei o celular e sai da piscina, corri pro quarto dei uma geral tomei um banho coloquei um vestido soltinho azul bebê e sentei na sala com o celular, não demorou muito ele me mandou uma mensagem avisando que estava na barreira. Bati o rádio pro cobra liberar ele e subir com o Matheus até em casa. Em minutos eles estavam no meu portão. Uma discovery branca parou e ele saiu de dentro, mais gostoso do que nunca.

- Oi princesa, quando falou que morava no Vidigal não imaginei que tu tivesse uma mansão escondida aqui dentro - me deu um beijo e um abraco e nós entramos
- Tava esperando um barraquinho em qualquer viela né ? - ele riu - Esse é meu barraquinho fica a vontade.
- Trouxe uma coisa pra gente - levantou a garrafa de tequila me mostrando
- Vou pegar os shots- ele riu

Sentamos na varanda do meu quarto com a garrafa de tequila e ficamos jogando conversa fora por várias horas, a companhia do Matheus estava me distraindo e tirando a minha cabeça de toda aquela loucura que tava rolando.

- Você fica aqui até quando? - perguntei virando mais um shot
- Vim a trabalho, preciso resolver umas coisas com a empresa do meu pai, mas provavelmente vou passar uns 15 dias por aqui, talvez mais. - ele encheu o seu copo e o meu mais uma vez
- Entendi, porque não fica na casa dos seus pais ? - ri já levemente embriagada - vai ficar no hotel sozinho?
- Não curto incomodar e também tem meu irmão mais novo, não somos melhores amigos - ele riu - bom, não queria ficar sozinho então esperava que você pudesse me fazer companhia - ele chegou um pouco mais perto passando a mão no meu rosto e alisando meus lábios com o polegar.
- E porque você acha que eu iria te fazer companhia ? - se ele queria jogar eu também sabia, me aproximei mais
- Você negaria isso pra mim ? Me encarou
- Não é todo mundo que tem o prazer de desfrutar da minha presença - ri ainda encarando ele - mais talvez eu posso te oferecer essa colher de chá
- Você é um doce, sabia que não iria negar - ele roçou seus lábios nos meus e então nós ouvimos o ronco do motor de uma moto.

Olhei pra baixo e vi o G3 nos olhando.

- Perdeu algo Giovanni? - ironizei e ele não respondeu - Ah não pera, perdeu mesmo - ri
- Tá certa Maria Fernanda, certinha. - ele subiu na moto e saiu
- Quem era? - Matheus perguntou
- Ninguém importante - fiz desdém
- Isso de novo Nanda? - ele me olhou - quem era ? Teu primo do outro dia ?
- Não, esse é meu ex - revirei os olhos - Como eu disse, ninguém importante.
- Bom se você diz, onde é que eu estava mesmo.. - ele não perdeu tempo e veio devorando meus lábios.

O beijo do Matheus diferente do G3 e do Joca era calmo, delicado, sem más intenções. Ficamos aos beijos por um tempinho até ele dizer que precisava ir pois teria uma reunião no dia seguinte de manhã. Desci com ele até o pé do morro e lá nos despedimos.

- Vai subir sozinha agora? Te disse que não precisava me acompanhar - falou enquanto eu destravava a porta e ia saindo.
- Relaxa bebê, eu tô em casa - pisquei pra ele e o mesmo me mandou um beijo saindo dali.

Olhei ao redor e não encontrei nenhum mototáxi ali pra me levar em casa então fui subindo. Quando estava passando na frente do Boteco do Quirino vi o Joca mais bebado do que tudo, com uma carreira de pó em cima da mesa e uma puta no colo.

A filha do chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora