Romance entre Galáxias

Capítulo 2

Narrador POV

- Chefe? Posso comandar essa investigação? -- Clarke pedia com uma ponta de esperança para que ele dissesse que sim.

- Tá louca? Você não tem experiência para isso!

- Como posso ter se nunca me der uma chance? Eu acho que já provei meu valor e do que sou capaz. Eu descobri o que estão investigando.. Eu descobri algo que muitos não conseguiram então eu tenho direito de estar nisso, e eu quero, estou disposta.

- Você sabe que teria que fazer testes por aqui né? Isso demora meses, até porque você não está acostumada a gravidade 0. Não, você não irá. Não está capacitada.

- Senhor.. Ela treinou comigo enquanto você não via. Ela é tão capacitada quanto eu. -- Wells apareceu para ajudar a amiga que sorriu agradecida.

- Como? Por que eu nunca soube disso?

- Porque você nunca prestava a atenção no que eu fazia! Isso é tipo: Hello, eu existo, será que você consegue enxergar meu potencial?

- Abaixa o tom pra falar comigo Clarke! Você sabe quantas pessoas tem nesse lugar? Não posso prestar atenção somente em você.

- No entanto todas as outras tinham sua atenção. Eu fiz uma descoberta e você não se importou. Eu fiz isso, graças a mim sabemos o que aconteceu e o seu significado, você não pode me impedir. Agora eu quero ir à nave, e irei!

Bellamy ficou sério enquanto a ouvia. Olhou para o Wells e suspirou contrariado. De fato ela tinha sido uma peça importante, e com certeza ela seria útil para ir e tentar falar sabe-se lá que idioma aqueles seres de outro mundo falariam.

- Você tem alguma prova que estão falando a verdade e que ela realmente estudou com você?

- Nós treinamos todos juntos, Monty, Murphy e alguns outros que não estão agora. Ela passou pelas simulações, como é pedido, mas decidiu fazer seu trabalho por aqui. Ela é capaz, deveria testa-la, tenho certeza que se surpreenderia, além que ela seria evidentemente útil lá em cima para entrar em contato com seja lá o que eles são. Não faria sentido algum irmos sem ela.

Bellamy ouvia com atenção, negou com a cabeça;

- Certo, se ela for um peso, será um peso de vocês! Wells a acompanhe. Não quero falhas!

- Sim senhor!

- Muito obrigada pela chance. -- Saiu de lá e foi abraçar o Wells -- Eu vou ir, eu vou ir. -- A animação em sua voz era notável naquele momento.

Ele sorriu vendo a animação da amiga e beijou sua testa no abraço.

- Você merece.

3 longos meses depois. Com toda a equipe selecionada e todos com suas próprias capacitações, eles se reunião para ir a nave.

- Vão logo. Já foi tempo demais de se despedir! -- Bellamy sempre atrapalhando os momentos.

Clarke se despedia de sua mãe. A senhora estava muito orgulhosa da filha, claro, porém com muito medo também. Até porque, nunca se sabe o que pode acontecer em pleno espaço sideral, né.

- Tome cuidado meu amor. Sabe que as coisas lá não são iguais as daqui. -- A mais velha beijou a testa da filha depois de se separarem do abraço.

- Sei mãe, prometo que voltarei e com algo novo aos nossos olhos.

Rapidamente ela teve que se juntar ao seus colegas de tripulação, que foram adentrar o foguete que os lançaria ao espaço.

Com todos em seus respectivos lugares.

A contagem regressiva começou: 10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2... 1!

O foguete entrava em ação naquele momento e ele já saía do chão, logo as pessoas só viam um pequeno foguetinho no céu e Clarke via pequenas formiguinhas de lá de cima. Ela estava ansiosa por tudo aquilo, não via a hora de chegar a nave extraterrestre. Era sua primeira missão de verdade, sua primeira vez fora da terra, um grande sonho de muitos, uma grande oportunidade de poucos.

9 horas após estarem no espaço, Clarke ainda não havia desfeito o sorriso, sua euforia era enorme. E sua visão dali era incrível, um privilégio aterrorizante, com certeza. Demoraria para chegarem na nave, mas ela não se importava.

- Eai, nem tá feliz não é? -- Wells ria e estava feliz por vê-la feliz.

- Estou realizando meu sonho Wells -- Diz sorrindo pra ele -- olha pra isso.. -- Apontava para os lados, vendo todas aquelas estrelas ao redor, tão longe mas tão mais perto do que era antes.

- Te entendo completamente. Mas você está preparada para ver o que pode ter lá? Ou o que pode não ter?

- O que pode não ter? É uma nave espacial. Vai saber quantos anos tem, e não foi lançado por nós. Você tem noção disso? Isso significa vida em outros planetas!

- Pode não ser os mesmos daquela época. Podem ser inimigos, ou bichos assustadores. Eu não sei, tem tantas possibilidades de não ser algo relativamente bom.

- Podem ser qualquer coisa. Mas isso significa que pode haver um outro planeta habitável. Além do nosso. Acho que não seja bichos, não conseguiriam uma tecnologia tão avançada.

- Nunca se sabe, vai que eles são um bando de guaxinins e pra eles nós somos os leões da terra deles, mas veganos. São extraterrestres, nós somos isso para eles também, mas em consideração, somos mais avançados que os animais da nossa Terra. Eles podem ser inteligentes, mas com aparência de um bode por exemplo.

- Isso realmente é um pensamento muito esquisito, o vácuo do espaço está consumindo o cérebro do meu amigo... E você tá mesmo preocupado com a aparência?

- Estou preocupado com o que eles podem fazer com nossa tripulação.

- Vai dar tudo certo -- Piscou e riu.

- Espero que sim.

A jornada deles era realmente longa, e eles não imaginavam o que viria a seguir.