Prólogo; Primeira vida.

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O som de ferro se tocando ecoava por todo o local deserto. O brilho das lâminas podia ser visto, assim como faíscas, indo embora muito rapidamente.

De um lado, um caçador de corpo bem malhado, com o rosto coberto por uma espécie de máscara. Do outro, um jovem demônio de cabelos vermelhos e olhar ameaçador.

Ambos ofegavam, visivelmente cansados. O suor, junto com a sujeira, se encontrava nos corpos de ambos, fazendo suas belas aparências ficarem desgastadas.

Apesar de seus corpos estarem pedindo desesperadamente por um descanso, a luta dos dois homens se prolongava por minutos, e mais minutos, até a soma deles se tornarem horas.

O primeiro a cair no chão foi o caçador, contudo, logo consertou sua postura, levantando com a mais pura força de vontade.

O demônio olhou para o rosto coberto do outro, desejando por meros segundos saber a coloração dos olhos do homem tão irritante.

— Não vai desistir? — O demônio fala, com sua voz bela.

— Para que? Perder pra você? — O caçador para de mexer as espadas, olhando para o jovem de cabelos vermelhos — Eu nunca perco!

— Sua determinação me comove, javali esquisito.

Com o fim de tal fala, o demônio começa a atacar o outro novamente, sem descanso, na esperança que o caçador fosse finalmente se render.

Em um desses golpes, um chute certeiro na cabeça do outro foi feito, forçando o caçador a tirar sua máscara.

O humano, que nunca foi de falar enquanto lutava, se via um pouco curioso sobre o demônio tão irritante.

— Qual seu nome? — Ele pergunta.

— Curioso sobre quem te matará? — O demônio da dois passos para frente — Tanjiro, Kamado Tanjiro.

Como se fosse combinado, a lua se encontrava iluminando com mais intensidade o lugar do qual Kamado agora estava, fazendo as características dele serem reveladas.

Uma cintura bem curvada, lábios vermelhos vibrantes e olhar marcante.

Um verdadeiro demônio.

— E o seu nome?

— Curioso para saber o nome de quem irá de matar? — O caçador retruca as palavras — Inosuke, Hashibira Inosuke.

Chegando mais perto também, em uma distância que demonstrava perigo, Inosuke entra também no brilhar do luar.

Seu rosto tinha uma beleza afeminada, totalmente contraste ao seu corpo e sua voz.

— Oh, que cara mais estranha você tem — Kamado levanta sua espada, sendo imitado por Inosuke.

— Eu que diga isso, que nome mais feio você tem. “Kampachuro”, tem certeza que é um nome?

— E quem disse que esse é meu nome? É Kamado. Ka-ma-do — Tanjiro responde, indo para cima do outro.

— Tanto faz — Inosuke fala, se defendendo do ataque.

E por assim a luta se prolongava. As armas já se encontravam desgastadas pelo atrito, e seus corpos que antes não haviam descansado, se tornaram pesados, dificultando o desvio dos ataques.

Com o prolongamento, as horas iam se passando, e com isso, o tempo ao seu redor também. A lua, junto com a escuridão ia embora, dando lugar a clareza do dia.

O desejo de te verOnde histórias criam vida. Descubra agora