Segredos "Irreveláveis"

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Estavam dentro da biblioteca, finalmente. Livros para todos os lados. Os três sem saber por onde começar a procurar. Poderia levar horas ou até dias até encontrarem. Haviam entrado por um buraco no teto, já que a biblioteca ficava acima do térreo e abaixo do teto das torres. Poderiam ser pegos se não fossem rápidos.

Edwin selou as portas com gelo, pra que não fosse fácil entrarem. Começaram a procurar. Após minutos não encontraram nada que se quer parecesse com um livro de feitiços. Havia livros sente árvores mágicas, animais, feitiços médicos, até mesmo livros sobre construções.

-- Cara isso aqui vai levar muito tempo – Disse Henry, já desanimado.

Edwin respirou fundo. Ele estava certo. Os livros nem sequer estavam separados por seção. Estavam todos misturados, não havia o mínimo de organização. Edwin pôs as mãos na cintura.

-- Olha isso aqui – Sam jogou um livro na direção de Edwin, que o agarrou. “ 57 Feitiços Proibidos” era o nome.

Edwin olhou o sumário. Parecia ser aquele. Mas antes que ele pensasse em qualquer coisa pra dizer ou fazer, várias coisas aconteceram ao mesmo tempo.

O selo da porta se rompeu repentinamente. Entrou quatro guardas armados com espadas brilhantes, provavelmente encantadas. Edwin jogou o livro pra Sam. Que subiu rapidamente pelo buraco. Edwin invocou a famosa Espada Do Interiourius. Aquela espada era difícil de invocar até mesmo pelos melhores usuários do poder do gelo. Cortava como se tudo fosse feito de manteiga, era inquebrável é além disso poderia até congelar o oponente.

Henry puxou sua espada e partiu pra cima dos guardas. Edwin correu e atirou uma faca de gelo invocada rapidamente na direção de um deles, que defendeu abrindo a guarda. Edwin girou baixo e passou a espada na perna dele, levantou e chutou o peito dele. Desarmou o outro com mais velocidade ainda. O guarda com a perna cortada estava atrás dele e não resistiu a enorme estaca de gelo que Edwin cravou nele sem se quer se virar. Sobrava um, ainda desarmado, Henry lutava com outros dois. O garoto fez a espada desaparecer e partiu pro mano a mano. Desferiu um soco na direção do oponente que se defendeu, impulsionado o punho dele para o lado, então Edwin girou o corpo sobre a perna esquerda e chutou na altura do pescoço do guarda, que bloqueou o ataque. Edwin saltou de costas, e ainda do ar, atirou suas adagas de gelo no inimigo, que desviou. Correu novamente pro inimigo, numa velocidade sobre humana, segundos antes de atingir o alvo, já havia invocado do espada novamente. Atacou o guarda sem que ele se quer o impedisse.

No fim da pequena batalha Henry já havia derrotado os outros dois elfos. Subiram rapidamente pelo buraco no teto. Em minutos já estavam na torre.

Eu – Vocês demoraram – Sam já os esperava no alto da torre.

Voltar pela mesma rota seria loucura. Não era certeza se os guardas estariam congelados. Desceram a torre. Saíram por trás do Castelo e chegaram à margem do Rio Tales. Edwin tocou na água e o Rio inteiro congelou. Agora era só caminhar pelo lago. A Floresta seria perigoso porque ficava de frente pro Castelo. Já o Rio, era um pouco mais ao norte da Floresta, assim impedindo que alguém os visse. Henry carregava o livro embaixo do braço. O frio que o Rio congelado emanava fazia-os tremerem.

Após o que pareceu séculos andando chegaram a outra margem do Rio, a uns mil metros de Fratter. Edwin precisava entrar no castelo sem ser visto, entretanto seus planos foram sumariamente frustrados pelo seu irmão que o esperava nos portões, os dois amigos cumprimentaram o príncipe e entraram sem problema algum, Henry levou consigo o livro. Edwin parou e encarou seu irmão.

-- Papai já disse pra você não sair do Castelo a noite? Onde estava? – Questionou. O garoto decidiu não mentir.

-- Em Merken!

-- Oi? Você está brincando né?!

-- Não, eu realmente venho de lá. É lógica e é simples. Estratégia de batalha, aquele que ataca primeiro tem domínio sobre o inimigo – Disse Edwin, dando de ombros.

-- Você é maluco? Não tem ninguém batalhando aqui. Invadir um reino tão poderoso como aquele é uma tolice de magnitude enorme. Papai vai amar saber disso – O Príncipe mostrou não se importar, adentrou a Área Real, que compunha os prédios de sua família e o castelo.

Entrou no Castelo despido de preocupações, entretanto isso se modificou quando deu de cara com seu pai de braços cruzados o encarando no Salão Central.

-- Ah... – Ficou sem palavras.

-- Boa noite alteza? Onde estava a esta hora?

-- Eu estava resolvendo alguns assuntos dos novos soldados recrutados – Disse Edwin, visivelmente mentindo.

Seu pai assentiu sabendo que o garoto não falou a verdade. Resolveu não questionar, se havia algo errado Edward sabia e viria correndo contar a ele.

Porém, Edward recebeu aquele ocorrido como sendo o estopim pra por seu plano em andamento. Seu contato, sua espiã, vindo de Merken chegaria em algumas horas, com toda certeza ela teria consertado toda a cavada que seu irmão aprontara no reino. Estava de pé, em frente aos portões da Área Real, despreocupado. Faltava pouco pra por fim naquela guerra que queria explodir aos flancos de seu futuro reino. Era seu dever defender sei trono.

Edwin não estava no topo da minha de sucessão. Tudo que queria era provar que era poderoso, e o melhor seria uma guerra. Venceria o mais inteligente dos irmãos, e Edwin não era esse.

Caminhou até a floresta, onde era seu ponto de encontro. Desempenhou a espada jamais utilizada e começou a afiá-la com uma pedra de gelo espesso. Não demorou muito, duas figuras apareceram, a noite já estava indo embora. Se aproximaram mais. A da esquerda, um pouco mais alta, era Wendy Hooch, era um pouco audacioso ela estar nas propriedades dos humanos, pois era a princesa dos Elfos, porém ela sempre se encontrara com Edward ali. O Príncipe a cumprimentou com um beijo apaixonado. Era, enfim, mais um amor proibido.

A garota ao lado usando roupas de caça, era Amy Hildebrandt, general revolucionária do exército dos elfos, a chave do plano. Dona de olhos azuis e cabelos loiros, como todos os elfos, tinha a pele como a neve. Era uma simples Elfo, porém muito mais bonita que qualquer humano poderia ser. A garota era seca e rude ao se comportar, como qualquer soldado seria.

Alguns minutos de beijos a princesa se despediu do príncipe, cumprimentou Amy com a cabeça e seguiu caminho rumo a Merken novamente antes que sentissem sua falta. O plano já havia sido repassado várias vezes entre aqueles três. Era grosseiramente simples.

O que Amy tinha que fazer era simplesmente encantar o príncipe mais novo. Seria uma forma fácil de Edwin desistir de guerras, fazendo com que Jeff, que tratava o filho mais novo como um deus, raciocinasse melhor.

Seria o caso em que o amor salva vidas e finda guerras.

Edwin, que não esperava que nada tirasse sua vontade avassaladora de enfiar gelo por todos os orifícios de qualquer elfo, tentava entrar em seu quarto sem ser visto. Não foi bem o que aconteceu.

--- Ora, vejam se não é o general, que está fora da área real uma hora dessas? O que faz aqui Edwin? – Quem questionava era Josh.

Um cadete do exército que era conhecido apenas pelo primeiro nome, ninguém sabia ao certo o motivo, mas ele nunca falava. Edwin encarou-o.

Aquele olhar carregava coisas que ninguém conseguia descobrir, parecia que Josh estava prestes a matar alguém a qualquer momento, mas também parecia que oferecida flores e cuidaria de animais abandonados. Edwin virou as costas e entrou em seus aposentos.

O Trono de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora