~ Capítulo Cinco

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Deixei Daemon e Ayden conversando na sala. Peguei minhas coisas e tratei de arruma-las no meu quarto temporário. É espaçoso e tem uma bela vista sobre o centro de Nova York. A cidade que nunca dorme.

Me deito na cama, ainda pensativa sobre a minha vida. Passei exatos 18 anos, sem me meter em confusão alguma. Agora, estou morando com o CEO da empresa que estou trabalhando, não pode ficar pior.

Visto uma bela camisola e me deito novamente em minha cama. Me aconchego, pronta para dormir. Fechando lentamente meus olhos, consigo ouvir plenamente a voz alterada de Daemon. Ele parecia furioso com algo.

Resolvo levantar e ficar atrás da porta, ouvindo a conversa.

— Eu já falei que não pai, eu não irei fazer isso.

Ele só podia estar em uma chamada.

— Essa não pode ser a minha sina, não pode! Eu lutei por aquela empresa, fiz ela crescer do zero e é assim que o senhor me agradece? Me casando com uma completa estranha?

Casando?

— Eu decido pelo meu destino e futuro! Não irei deixar que um contrato de merda interfira nisso.

Consigo ouvir que o Daemon resmunga baixinho assim que desliga a ligação.

— Como eu irei fugir disso Ayden? É o meu fim!

— Calma mano, você vai escapar dessa. Mas se não fizer o que o papai deseja, ele passará a empresa a outra pessoa. Você sabe disso.

Se o assassinato vier átona e ele for retirado do cargo de ceo, será o fim de Daemon, claramente. Eles continuam conversando, só que mais baixinho, tornando a conversa inaudível. Me aproximo mais da porta para escutar, só que acabo a empurrando e a abrindo, fazendo um enorme barulho. Eles percebendo a minha presença, param de conversar. Eu os olho sem graça, isso não era para ter acontecido.

— Foi mal, não teve como não ouvir vocês falando alto. - na verdade eles estavam falando baixo, eu que me encostei na porta para ouvir.

Coloco um fio de cabelo atrás da orelha, nervosa. Não sabia se ficava ali parada ou se voltava correndo para o quarto, estava quase cogitando a segunda opção. Eu nunca aprendo por ser curiosa, incrível.

— Quer se juntar a nós, Lise? Por que parece que a conversa também é de importância para você. - Daemon degusta de seu drink, enquanto fala em um tom sarcástico. 

Francamente, se eu tiver que aguentar esses joguinhos do Daemon, eu meto o pé na primeira oportunidade. Dando as costas para ambos, entro no quarto e fecho a porta com força.

Me jogo na cama e volto a pensar. Daemon não pode me demitir, ele precisa de mim. Se eu deixar tudo vir à tona, o que será que vai acontecer? Por esse mesmo motivo ele precisa
de mim.

Tateio no bidê e acho a foto que tenho de lembrança da minha pequena Luna. Acaricio a foto. Eu falhei em tudo na minha vida, definitivamente. Queria que Luna e o Trevor estivessem aqui comigo.

***

Acordando pela manhã, com o sol batendo em minha janela, me espreguiço o máximo que consigo e levanto da cama. Apoio minhas mãos na pia do banheiro, enquanto analiso o meu reflexo.

— Você está acabada. - digo para mim mesma.

— Parece que passou um furacão aqui e eu não vi. - uma voz masculina, falava atrás de mim.

Olho para trás e vejo Daemon me encarando de um modo engraçado. Ele sorria de um jeito bobo, deixando a vista suas covinhas. Perdida naquelas covinhas e em seu charme, o seu sorriso se curva ainda mais. Desvio meu olhar, percebendo o que acabo de fazer.

— Pode admirar, eu não ligo. - ele fala em um tom de divertimento.

— Engraçadinho. - digo, encarando a pia a minha frente.

— Passei aqui para avisar que teremos visitas hoje.

Dou uma olhada pelo espelho. Daemon parecia desconfortável com aquela ideia. Seriam visitas não bem-vindas? Resolvo ficar quieta.

***

Já era mais de 15h, as visitas estavam para chegar. Daemon estava lindamente vestido com uma camisa branca e uma calça social. Seus cabelos perfeitamente penteados. Seus olhos em um tom de castanho claro, combinavam perfeitamente com seu rosto. Daemon Clarke era lindo de morrer!

Ele não aparentava estar desconfortável como antes, na verdade, parecia até calmo demais.

Uma batida na porta me tirava dos meus devaneios. Daemon caminhou rapidamente até a porta para abri-la. Deu batidinhas em sua roupa para tirar o amassado, que só ele via. Respirou fundo e abriu a porta.

— Sejam bem vindos, Matteo e Luna.

Olho espantada para a porta, eu não podia acreditar no que eu acabara de ouvir. Isso só poderia ser um pesadelo.

•𝘌𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘦𝘮! 𝘕𝘢𝘰 𝘴𝘦 𝘦𝘴𝘲𝘶𝘦𝘤𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘴𝘢𝘰 𝘣𝘦𝘮 𝘷𝘪𝘯𝘥𝘰𝘴 𝘦 𝘷𝘰𝘵𝘰𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦𝘮! ❤️•

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Vocês estão curtindo a história? Espero que sim! 🥰

Nas mãos de um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora