Capítulo 2. ( Pov. Dan)

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Vejo Jacopo se arrumando a duas horas. Ele coloca uma camiseta, e logo em seguida troca.
       - Você vai em um encontro? — Pergunto.
       - Não. Vou em a festa. — Ele diz sem virar para mim.
       - E por que não posso ir? — Enrugo o nariz.
       - Porque é uma festa de gente grande. Você só tem 13 anos. — Jacopo é três anos mais velho que eu.
Levando da cama que chacoalha com minha brutalidade, e sigo batendo o pé até o quarto de Mamma.
         - Mamma! — Mamãe está deitada em sua cama, lendo.
         - Por que Jacopo pode ir na festa e eu não? — Faço minha melhor cara.
          - Amore — Mamma fecha o livro e abre os braços para que eu vá até ela.
Subo na cama e sendo ao seu lado, mamãe acaricia minha cabeça.
         - Você é muito pequeno para ir. Quando crescer poderá ir para quantas festas quiser. — Mamãe diz docemente.
         - Va bene, mamma. — Jacopo aparece na porta vestido algo totalmente diferente do que o vi provar.
         - Vado mamma.
         - Non fare tardi. — Mamãe diz em um tom de aviso.
         - Si, mamma. Arrivederci
         - Buonanotte, figlio. — Jacopo se vira para ir embora.
         - Mamma, nós fomos classificados para as continentais. — Digo sorrindo.
         - Quando será o jogo?
         - Começamos na semana que vem.
         - Meu filho será o futuro jogador da NBA — Ela diz divertindo-se.
Eu, futuro jogador da NBA. Não me vejo fazendo outra coisa. É incrível! Amo jogar basquete, poder correr pela quadra. O som da torcida quando faço uma cesta, a felicidade dos meus amigos. Impagável!
Mamãe disse que esse é um dos meus defeitos e das minhas qualidades. A intensidade. Ela diz que quando eu quero algo, é somente aquilo. Não penso em mais nada. Mamãe diz ter medo de um dia eu me decepcionar e ter que mudar de sonho.
O telefone da sala toca em um som estridente e eu pulo da cama para atender. Corro pelo corredor estreito e chego a tempo.
       "Damiano? Vamos jogar bola?"
É o leo.
        "Agora?"
        " Sim"
        "É pra já!"
Volto para o quarto de mamãe, ela imediatamente assente sorrindo. Levanta da cama e pega as chaves do carro. Mamãe irá me deixar na quadra. Nesse momento esqueço a frustração de não poder ir a festa boba de Jacopo.

My bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora