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Eu e minhas amigas nos conhecemos na igreja católica do bairro onde morava, mesmo sendo umbandista, frequentava o lugar pelas minhas primas e amigas, minha madrinha e pelo coral que tinha. Sempre fui apaixonada por música, mas não como algo profissional, levo como hobbie. Nós participamos do coral até os 17 anos, já que eu engravidei e as meninas não queriam que eu me sentisse excluída por não poder participar, mas depois disso, eu e a Fernanda passamos a cantar nas missas, as meninas vão também, mas não cantam, o primeiro e o terceiro domingo do mês são nossa responsabilidade, então, sendo terceiro domingo do mês, vamos cantar.
São oito da manhã e estou sofrendo para levantar da cama nesse frio, se eu estou assim, imagina os gêmeos. O Pê não dormiu aqui, tinha que ir para a casa da mãe dele logo cedo, mas depois da missa, vou para lá com os pequenos. Não moro mais no bairro da igreja, me mudei para a cidade vizinha, mas fica a vinte minutos daqui, tenho que estar lá até nove e meia.
Levanto e tomo meu banho para já adiantar, ainda não me troquei pois tenho que dar banho nos gêmeos e eles sempre me molham, então estou com um camisetão velho e calcinha. Saio do quarto e vou direto ao quarto da Lorena e para minha felicidade, ambos estão aqui. Eles dormem separados desde os 3 anos, mas sempre que vou acordá-los, estão juntos, é fofo, mas ainda preciso acostumá-los a dormirem separados.
- Bebês, vamos acordar. – Passo a mão em seus bracinhos. – Vamos para a missa hoje, a mamãe e a tia Fer vão cantar.
- Vou poder cantar também? - A Lore pergunta.
- No começo e no final, como sempre. – Ela ama cantar, tanto quanto eu.
- O Gael vai? – Pergunta o Lorenzo.
- Acho que sim. – Na verdade, ele vai, mas vai dormir, como sempre. – Vamos tomar banho, quem vai primeiro?
