- Atenção -
Esse capítulo contém: bullying (palavras pesadas direcionadas a alguém sem se ela tenha consciência), adolescente fazendo fofoca, linguagem imprópria (novidade vai ser quando não tiver), e um alemão com procedência mais duvidosa do que salsicha.
Leia por sua conta e risco.
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Acho que a diferença mais notável entre a escola pública e a particular, vai muito além da estética, ou da educação. Ela acaba se fazendo presente nas pessoas, e em como elas se relacionam umas com as outras.
A relação entre professor e aluno era muito diferente.
A própria cobrança em si é muito menos intensa do que na minha antiga escola. Ela costumava se manifestar diariamente, com os deveres de casa e os exercícios de sala de aula.
Se eles sabem que você não faz, eles não vão correr atrás de você.
E na verdade, isso não era um problema pra mim.Mas isso, de certa forma, refletia nos alunos.
Todo mundo se conhecia, todo mundo já estava cansado de saber quem valia a pena ou não. E isso gera dois fenômenos interessantes.O primeiro é que, qualquer pessoa a ser introduzida nesse ambiente precisa de um mediador que o conduza até algum grupinho social. Geralmente um aluno mais experiente, o clássico extrovertido que adota um introvertido.
E foi exatamente isso que aconteceu comigo, graças a sorte divina que foi conhecer o Marco.
Eu pensava que aquele convite para lanchar com ele e seus amigos não passava de educação. Porém, dando dez minutos que o sinal tocou e eu não apareci, ele foi atrás de mim perguntar se estava tudo bem.
Quando eu disse que sim e que eu fui apenas buscar um salgado na cantina, ele reforçou o convite.Mas desse vez, além de um simples convite, ele fez questão de me levar até a roda, fazendo eu me sentar ao seu lado. Só então me apresentando para cada um dos seus amigos.
Lá tinha todo tipo de gente. De de alguns colegas do basquete até uma galera do terceiro que se encostava na árvore que ficava ao lado para puxar um ronco ao som do violão perfeitamente afinado do meu colega aspirante a músico.
Eles irradiavam uma áurea de extroversão, do tipo que todo mundo cumprimentava quando os viam passar, do tipo que a escola toda conhecia.
Talvez fosse por isso que o Marco era tão popular.
Essa é uma escola pequena, e além de ser o garoto do violão, ele faz parte dos alunos que passam nas salas para dar recado.
E se isso não significa ser famozinho, eu não sei o que é.Elmas apesar de tudo, receberam muito bem. Até melhor do que meus colegas de classe, na verdade. E eu tive a oportunidade de conhecer um pouco de cada uma daquelas pessoa.
A propósito, o primeiro a puxar assunto foi Reiner, o garoto bombado da minha sala. Assim que ele me viu, sua primeira reação foi dizer: "Caramba, a mina que acertou o Floch com tudo no final do jofo. Maldade o que você fez com ele, mas foi bonito de ver.". Enquanto ele estendia o pacote aberto de baconzitos que ele dividia com seu amigos em minha direção, como um jeito de me oferecer um pouco. E por minha minha vez, recusei por educação.
Ele estava acompanhando de Bertolt, que também era da minha sala, e de um garoto chamado Marcel, que fazia parte do time.Depois disso, vieram duas garotas e se juntaram a roda, elas se chamavam Pieck e Hitch.
Pieck é uma garota com cabelos longos e levemente ondulado nas pontas. Ela era bonita, realmente bonita, mas não sabia dizer se suas pálpebras pesadas eram causadas pela falta de sono ou pelo uso de uma certa planta. Ela era uma das poucas garotas além de mim que usava brincos, mas ao contrário de mim e de sua amiga Hitch, ela estava vestindo as calças do uniforme.
Falando em Hitch, ela parecia o completo oposto de Pieck. Com um olhar de disposição estampado no rosto, conversando com todo mundo que podia. E é claro, isso também me incluiria.

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Burguesinha
Fanfiction( Imagine ArminxLeitora) Uma garota nascida e criada na cidade do rio de janeiro recebe uma bolsa de estudos para um colégio particular. Lá, ela conhece um garoto réscem chegado da Alemanha, chamado Armin Arlert, que ainda está se acostumando com su...