Céu Infernal

O caso de Jaluzi

No dia seguinte ainda sem noticias de Asmodeus resolvo bater em sua porta.

-A-Asmodeus.

Não se ouvia um ruído vindo de dentro do quarto, provavelmente estava dormindo, ou coisa parecida, bati novamente a porta mas sem resultado me viro cabisbaixo e sem esperança ate que escuto o ruído da porta se abrindo e Asmodeus sair de lá, o homem estava deplorável, enormes olheiras em seus olhos o cabelo despenteado e os olhos que uma hora foram belos e brilhantes agora demonstravam apenas tristeza e morte, como se o mesmo jazia no leito de morte.

-Asmodeus o que houve com você?.

-Eu estou bem, só não dormi muito esta noite.

-Deus você não esta só com sono, esta em um estado deplorável.

-Não (Disse o mesmo bocejando), quer entrar ?.

Assenti com a cabeça e entrei em seu quarto, em comparação ao meu quarto era o oposto, com paredes escuras, a cortina com rosas assim como a minha, mas as rosas estavam murchas e mortas, no criado mudo apenas uma rosa branca descaída, me sento na cama enquanto espero Asmodeus, após ele sentar ao meu lado eu olho em seus olhos e quando ele me olha de volta vejo o brilho em seu olhar novamente, a sensação de borboletas no estomago, meu olho brilhava pude sentir, desvio o rapidamente olhar.

-Por que você saio apressado aquela hora?.

-N-nada..

-Não é nada, você esta gaguejando o que aconteceu? .

-Faz tempo que ninguém me dizia aquilo (disse o mesmo olhando para baixo e dando um riso fraco).

-Que sente borboletas no estomago por você?.

-Uma vez apenas eu ouvi isso.

-Ouviu?.

-Sim, dela (Disse o mesmo com um suspiro).

-Ela?

-Sim, Ela era Jaluzi, era a rainha de Sodoma e Gomorra, ela me disse o mesmo que você eu amava ela, ela era perfeita, mas aquele dia ela se posicionou a minha frente e condenou todo o reino, me tornando um pecado capital .

A medida que Asmodeus me falava o quão vil era sua esposa eu me enojava dessa terrível mulher, rapidamente fui ate o encontro de Asmodeus e o abracei.

-Sinto muito por sua esposa ser tão mal.

Sinto a mão macia do demônio tocar minha face e levanta-la para que possa olhar para o mesmo nossos olhos subitamente brilharam, eu apenas fiquei olhando para o mesmo com o rosto corado, o demônio calmamente se abaixa e encosta seus lábios no meu, ficamos alguns segundos assim ate perceber o que estava fazendo então me afasto.

-A-Asmodeus, não podemos.

-Deixe me pelo menos presenteá-lo (Disse o mesmo se virando de forma calma e pegando uma caixinha em suas mãos).

-Nessa caixa esta um presente que eu quero dar a você.

Dentro da caixa havia um cordão de ouro com uma opala no centro.

-E maravilhoso.

-Eu quero que fique com ele, e que o use sempre.

Asmodeus passou os braços por cima de meus ombros e colocou cordão em meu pescoço que serviu perfeitamente, eu fiz a promessa de sempre usar esse cordão e manterei.